A mulher negra criada na ausência: dinâmicas de representação e a composição de visualidade de Rose Maxson em Fences
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8026.2023.e92664Palavras-chave:
caracterização, imagens de controle, representação e representatividade, mulheres negras, cinemaResumo
Este artigo busca refletir sobre dinâmicas de relações entre representação e representatividade a partir da análise da composição visual da personagem Rose Maxson em Fences (2016), de August Wilson. As reflexões têm origem em pesquisa documental que examinou os elementos visuais — cabelo, maquiagem e figurino — que expressam a ideia de feminilidade e materializam a personagem, tanto no texto da peça teatral quanto em sua adaptação para o cinema, descrevendo semelhanças, diferenças e possíveis ausências de descrição de visualidade, analisando o conteúdo coletado segundo o conceito de Imagens de Controle, desenvolvido por Patricia Hill Collins. O estudo explora um campo de articulação entre linguagem e cultura, com foco em como produções textuais e audiovisuais constroem as imagens de personagens femininas negras, de forma a problematizar as relações entre a indústria cultural e o reforço de lugares sociais destinados a corpos racializados.
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