Validação de um Questionário de Levantamento de Uso de Línguas para Usuários de Inglês como L2 Imersos em Contexto Brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8026.2023.e94519Palavras-chave:
Bilinguismo, dominância linguística, princípio de complementariedade, questionário, VSTResumo
A multiplicidade de experiências e contextos de aquisição de L2 desafiam os estudos de bilinguismo, visto que as diferenças individuais complexificam a comparabilidade entre estudos (Treffers-Daller; Korybsky, 2015). Nesse contexto, o construto dominância linguística torna-se uma variável importante para a compreensão desse fenômeno em diferentes domínios e o desenvolvimento de ferramentas eficazes para sua aferição um aspecto fundamental nesse processo (Gertken et al., 2014). Neste artigo, apresentamos os resultados da validação do Questionário de Levamento de Uso de Línguas para usuários de inglês como L2 imersos em contexto brasileiro em correlação com um marcador explícito de aprendizagem de inglês de mensuração de amplitude lexical. A concepção de dominância linguística, tal como definida por Heredia (1997), e o Princípio da Complementaridade (CP), de Grosjean (1998, 2016), foram usados para operacionalizar o construto em termos de frequência e de domínios específicos de uso, servindo de base para elaboração do questionário. A proficiência, por sua vez, foi mensurada a partir de um teste de amplitude lexical em inglês – Vocabulary Size Test (Nation; Beglar, 2007). A partir de dados de 784 participantes, foram calculadas as correlações de Pearson entre os 11 itens do questionário, referentes às práticas de uso de inglês e português, entre si, e deles com a nota obtida no Vocabulary Size Test. As análises estatísticas mostram correlação significativa entre os itens de prática de uso de língua inglesa e deles com a nota do VST, e evidenciam que os respondentes com maior envolvimento em atividades em inglês tendem a ter melhor resultado no teste de proficiência. Essas correlações são interpretadas como um aspecto chave de validade externa do construto operacionalizado pelo questionário, permitindo-nos apresentá-lo à comunidade científica como um instrumento eficaz para a detecção e aferição de alterações na dominância da L1 em favor do uso da L2 entre usuários do inglês como L2
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