Animais assassinos: as fronteiras do filme Natural Horror

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8026.2024.e99879

Palavras-chave:

Gótico, Terror, Cinema, Natural Horror, Ecocrítica

Resumo

Este artigo se propõe a uma análise do natural horror, subgênero do cinema de horror que apresenta animais não-humanos no papel de assassinos e monstros. O objetivo é investigar as características e as estruturas narrativas do natural horror sob uma perspectiva ecocrítica, interessada na subjetividade do não-humano. A partir de um recorte de onze filmes, a análise identifica uma série de elementos narrativos recorrentes, como o locus horribilis e o final couple, e estabelece a ideia de que o natural horror pode ser visto como uma espécie de híbrido do slasher e do rape and revenge.

Biografia do Autor

Rafael Conter, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Rafael Conter é Mestre em Teorias da Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutor em Letras - Literaturas de Língua Inglesa pela mesma instituição. Trabalha como professor de inglês, quadrinista e ilustrador, e tem interesse nas áreas de histórias em quadrinhos, literatura, cinema e artes visuais.

Referências

ALLIGATOR: O JACARÉ GIGANTE. Direção: Lewis Teague. Produção de Group 1 International Distribution Organization Ltd. Estados Unidos: Group 1 Films, 1980.

ANACONDA. Direção: Luis Llosa. Produção de Columbia Pictures Corporation. Estados Unidos: Columbia Pictures, 1997.

ARACNOFOBIA. Direção: Frank Marshall. Produção de Hollywood Pictures. Estados Unidos: Buena Vista Pictures, 1990.

CARROLL, N. The philosophy of horror or paradoxes of the heart. New York: Routledge, 1990.

CARUTH, C. Unclaimed Experience: trauma, narrative and history. Baltimore: The John Hopkins University Press, 1996.

CLOVER, C. Men, women, and chainsaws: gender in the modern horror film. Princeton: Princeton University Press, 2015.

COLAVITO, J. Knowing fear: science, knowledge and the development of the horror genre. Jefferson: McFarland & Co, 2008.

O CORTE DA NAVALHA. Direção: Russell Mulcahy. Produção de McElroy & McElroy e UAA Films. Austrália: Warner Bros., 1984.

CUJO. Direção: Lewis Teague. Produção de Sunn Classic Pictures. Estados Unidos: Warner Bros., 1983.

DERRIDA, J. O animal que logo sou. Tradução: LANDA, F.. São Paulo: Editora Unesp, 2002.

DIKA, V. Games of Terror: a definition, classification, and analysis of a subclass of the contemporary horror film, the stalker film (1978-1981). New York: New York University, 1985.

DOCE VINGANÇA. Direção: Steven R. Monroe. Produção de Cinetel Films. Estados Unidos: Anchor Bay Films, 2010.

DOUGLAS, M. Purity and danger: an analysis of concepts of pollution and taboo. London: Routledge, 2001.

FRANÇA, J. O sequestro do Gótico no Brasil. In: As Nuances do Gótico. Rio de Janeiro: Bonecker, 2017.

GARRARD, G. Ecocrítica. Tradução: RIBEIRO, V. Brasília: Editora UnB, 2006.

HALBERSTAM, J. Skin shows: gothic horror and the technology of monsters. North Carolina: Duke University Press, 1995.

HALLOWEEN. Direção: John Carpenter. Produção de Compass International Pictures. Estados Unidos: Compass International Pictures, 1978.

A MALDIÇÃO DAS ARANHAS. Direção: John ‘Bud’ Cardos. Produção de Dimension Pictures. Estados Unidos: Dimension Pictures, 1977.

ORCA: A BALEIA ASSASSINA. Direção: Michael Anderson. Produção de Dino De Laurentiis Company. Estados Unidos: Paramount Pictures, 1977.

OS PÁSSAROS. Direção: Alfred Hitchcock. Produção de Alfred J. Hitchcock Productions. Estados Unidos: Universal Pictures, 1963.

PHEASANT-KELLY, F. Reframing parody and intertextuality in Scream: formal and theoretical approaches to the ‘postmodern’ slasher. In: CLAYTON, W. (ed.) Style and form in the Hollywood slasher film. New York: Palgrave Macmillan, 2015.

PIRANHA. Direção: Joe Dante. Produção de New World Pictures. Estados Unidos: New World Pictures, 1978.

SENCINDIVER, S. Fear and Gothic spatiality. In: Fra Akademiet, Vol. 2. p.1-38. 2010.

SHOHAT, E; STAM, R. Crítica da imagem eurocêntrica. São Paulo: Cosac Naify, 2006.

STAIGER, J. The slasher, the final girl, and the anti-denouement. In: CLAYTON, W. (ed.) Style and form in the Hollywood slasher film. New York: Palgrave Macmillan, 2015.

TERRORES DA NOITE. Direção: Arthur Hiller. Produção de Columbia Pictures Corporation. Estados Unidos: Columbia Pictures, 1979.

TUBARÃO. Direção: Steven Spielberg. Produção de Universal Pictures. Estados Unidos: Universal Pictures, 1975.

UGELVIG, J. Uncanny: towards a spatial definition of the Gothic. London: 2014.

A VINGANÇA DE JENNIFER. Direção: Meir Zarchi. Produção de Cinemagic Pictures. Estados Unidos: Cinemagic Pictures, 1978.

ZANINI, C. “It hurts ‘cause you’re in my world now, bitch”: Gothic features in the 1984 and 2010 versions of A Nightmare on Elm Street. In: Ilha do Desterro. v. 72, nº 1, p. 199-211, Florianópolis, jan/abr 2019.

Downloads

Publicado

2025-03-05

Edição

Seção

Dossiê em Estudos Literários e Culturais

Categorias