A produção de uma estética para o reconhecimento do trabalho artesanal de tecelãs

Autores

  • Edla Eggert Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2016v13n3p222

Resumo

O artigo analisa três vivências produzidas num ateliê com um grupo de tecelãs. Estuda-se o processo de saber fazer toda a produção têxtil e com elas visibilizar essas experiências de trabalho milenar. Os argumentos teórico-metodológicos ancoram-se na pesquisa participante entremeada com a perspectiva feminista de visibilizar a história das mulheres envolvendo o ato de pesquisar como (auto)formador. A observação participante e as rodas de conversa possibilitaram  a recolha de material para a análise das vivências. Conclui-se que pesquisadoras e tecelãs produziram uma estética por meio de uma interface entre o ateliê e os espaços de formação em que as artesãs e as estudantes/professora foram desafiadas a pensar os processos de aprender e ensinar da Educação de Jovens e Adultos por meio do trabalho artesanal. 

Biografia do Autor

Edla Eggert, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre

Pós-Doutorado no Programa de Estudios de la Mujer da Univesidad Autónoma Metropolitana de Xochimilco - UAM-X. Ciudad de México, DF. Doutorado em Teologia pela Escola Superior de Teologia. Professora na Escola de Humanidades da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS

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Publicado

01.09.2016

Edição

Seção

Artigos - Estudos de Gênero