Permacultura como um estilo de vida sustentável: o olhar da psicologia ambiental
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2016v13n2p106Resumo
Em vista da crise ecológica que se evidencia ao longo das últimas décadas, faz-se necessário o entendimento de que vários problemas ambientais têm como base o comportamento humano. Nesse sentido, a ciência psicológica busca contribuir para a construção de conhecimento sobre os processos cognitivos, emocionais e motivacionais que predispõem comportamentos em prol da conservação do meio ambiente e para a formação de sujeitos ecológicos. Sob o referencial da sustentabilidade, a Psicologia Ambiental tem se dedicado a compreender os estilos de vida sustentáveis (EVS), suas predisposições psicológicas e suas práticas efetivas. No presente ensaio argumenta-se que a Permacultura, como ética e modo de vida contra-hegemônico, se configura como um EVS. Ao discutir essa relação, considera-se seu potencial para problematizar os modos de vida contemporâneos e fomentar novos caminhos para a transformação das relações pessoa-ambiente.
Referências
CORRAL-VERDUGO, V. Comportamiento proambiental. Tenerife: Resma, 2001.
CORRAL-VERDUGO, V. Psicologia de la Sustentabilidad: un análisis de lo que nos hace pro-ecológicos y pro-sociales. Cidade do México: Trillas, 2010.
CORRAL-VERDUGO, V. Sustentabilidad y Psicología Positiva: una visión optimista de las conductas proambientales y prosociales. Hermosillo: El Manual Moderno, 2012.
CORRAL-VERDUGO, V; PINHEIRO, J. Aproximaciones al estudio de la conducta sustentable. Medio Ambiente y Comportamiento Humano, v. 1, n. 5, p.1-26, 2004.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso futuro comum (2ª ed.). Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1991.
HENDERSON, D. Permacultura: as técnicas, o espaço, a natureza e o homem. 130 f. Monografia (Especialização) - Curso de Antropologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
ITTELSON, W et al. An introduction to Environmental Psychology. Nova York: Holt, Rinehart & Winston, 1974.
KAZDIN, A. Psychological science’s contributions to a sustainable environment: extending our reach to a grand challenge of society. American Psychologist, n. 64, p.339-356, 2009.
KURZ, T. The psychology of environmentally sustainable behavior: fitting together pieces of the puzzle. Analyses Of Social Issues And Public Policy, v. 1, n. 2, p.257-278, 2002.
MOLLISSON, B. Introdução à Permacultura. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 1998.
MOLLISSON, B. Introdução à Permacultura: panfleto I da Serie Curso de Design em Permacultura. Wilton: Yankee Permaculture, 2001.
MUIÑOS, G et al. Frugality and psychological wellbeing. The role of voluntary restriction and the resourceful use of resources. Psyecology, v. 2, n. 6, p.169-190, 2015.
OLIVOS, P; ARAGONÉS, J. Psychometric properties of the Environmental Identity Scale (EID). Psyecology, Madri, v. 1, n. 2, p.65-74, 2011.
OSKAMP, S. Psychological contributions to achieving an ecologically sustainable future for humanity. Journal of Social Issues, n. 56, p.373-390, 2000.
PINHEIRO, J. Apego ao futuro: escala temporal e sustentabilidade em psicologia ambiental. In: CORRAL-VERDUGO, V. Conductas protectoras del ambiente. Teoría, investigación y estrategias de intervencion. Hermosillo: Conacyt & Unison, 2002. Cap. 2. p. 29-48.
ROCKET, J. Permacultura: por uma outra visão de mundo: entrevista especial com João Rockett. Instituto Humanitas Unisinos. Disponível em <http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/516749-permacultura-por-outra-visao-de-mundo-entrevista-especial-com-joao-rockett>
SOARES, A. Conceitos básicos sobre permacultura. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 1998.
SOARES, L L; OLIVEIRA JUNIOR, G. Permacultura: de uma contra-hegemonia para uma nova realidade. In: ENCONTRO DA REDE DE ESTUDOS RURAIS, 4., 2010, Curitiba. Anais... . Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2010. p. 1 - 2.
TUAN, Y F. Topofilia. São Paulo: Difel, 1980.
WIESENFELD, E. A psicologia ambiental e as diversas realidades humanas. Psicologia Usp, v. 1, n. 16, p.53-69, 2005.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores e autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a sua publicação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).