A imitação da intenção e as atividades ritmadas abrem espaço para uma criatividade quase desaparecida dos campos de futebol?

Autores

  • Helenir Resende Rodrigues Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
  • Tarcísio José Grunennvaldt Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2016v28n49p176

Resumo

Os jogadores de futebol atuam de forma semelhante. Observamos que a maioria deles domina, passa, finta, chuta de forma muito homogênea; temos a impressão que os gestos são sempre os mesmos e os lances de ousadia são cada vez mais escassos. Realizamos um estudo junto à Escolinha de Futebol da FEF-UFMT, apoiada na teoria do “Se-movimentar”, utilizando, nas aulas da modalidade, as atividades ritmadas, a “imitação da intenção” bem como o incentivo à imaginação e criatividade como pontos de partida para uma possível transformação desse modelo hegemônico. Observamos as possibilidades e contribuições dessas experiências alternativas de prática na melhoria das habilidades específicas dos alunos e quanto à possibilidade da escola de futebol poder se tornar um espaço de liberdade, de criatividade e de inclusão dos alunos “comuns”. Os resultados da experimentação foram surpreendentes e promissores.

Biografia do Autor

Helenir Resende Rodrigues, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Helenir Resende Rodrigues, mestre em Educação Física pela Universidade Federal de Mato Grosso (2016). Atualmente é técnico desportivo da Faculdade de Educação Física da UFMT - Cuiabá; está coordenando e ministrando aulas no Projeto de extenção futebol.

 


Tarcísio José Grunennvaldt, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil(2005), Professor Associado da Universidade Federal de Mato Grosso , Brasil.

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Publicado

2016-11-28

Como Citar

RODRIGUES, Helenir Resende; GRUNENNVALDT, Tarcísio José. A imitação da intenção e as atividades ritmadas abrem espaço para uma criatividade quase desaparecida dos campos de futebol?. Motrivivência, Florianópolis, v. 28, n. 49, p. 176–194, 2016. DOI: 10.5007/2175-8042.2016v28n49p176. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2016v28n49p176. Acesso em: 18 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais