The sea and the caiçara: the canoes race as traditional game and identity strengthening

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e72453

Abstract

The Caiçaras are coastal populations whose culture is directly linked to the sea. Their bodily practices have an intimate relationship with the space where they live. This article presents qualitative data and uses a phenomenological methodology, seeking to observe the influence of Caiçara’s traditional games in the identity construction of these communities. For this, points of formation, development and daily life are expanded focusing on some manifestations, such as the canoe race, and establishing bridges between their bodily practices and the Caiçara culture through image phenomenology. The relationship with the sea appears as the main element of Caiçara’s images representation and as an environment with which individuals identify and feel part of. The traditional games, as other manifestations, are configured as a possibility to identity remodeling and cultural strengthening.

Author Biographies

Daniel Cobra Silva, Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo

Centro de Estudos Socioculturais do Movimento Humano (CESC) - Departamento de Pedagogia do Movimento Humano

Ana Cristina Zimmermann, Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo

Centro de Estudos Socioculturais do Movimento Humano (CESC) - Departamento de Pedagogia do Movimento Humano

Soraia Chung Saura, Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo

Centro de Estudos Socioculturais do Movimento Humano (CESC) - Departamento de Pedagogia do Movimento Humano

References

ACHCAR, Tatiana. Vida Caiçara: imagens, histórias, personagens e sentimentos das comunidades litorâneas do norte do Paraná ao sul do Rio de Janeiro. Abook, 2007.

ADAMS, Cristina. As populações caiçaras e o mito do bom selvagem: a necessidade de uma nova abordagem interdisciplinar. Revista de Antropologia, v. 43, n. 1, p. 145-182, 2000.

AGUIAR, Teresa. Caiçara, uma cultura que resiste. São Sebastião, SP: Centro Cultural São Sebastião Tem Alma. Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, 2006.

BACHELARD, Gaston. A água e os sonhos: ensaios sobre a imaginação da matéria. Trad. DANESI, A. P. 2ª ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013.

BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. Trad. DANESI, A. P. 4ª ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2018.

BENTO, Jorge Olimpio. Corpo e desporto: reflexões em torno desta relação. In: MOREIRA, W. W. (org.) Século XXI: a era do corpo ativo. Campinas, SP: Papirus, p. 155-182, 2006.

BITENCOURT, Fernando Gonçalves. A ciência, o olhar e o se-movimentar: uma fenomenologia do futebol - ou de como o CAP encontra talentos. Motrivivência, n. 34, p. 186-207, 2010.

BOURDIEU, Pierre. Como se pode ser desportista. BOURDIEU, Pierre. Questões de sociologia. Lisboa: Fim do século, p. 181-204, 2003.

BRANCO, Alice; CASEIRO, Fernando. Cultura caiçara: resgate de um povo. Oficina do Livro e Cultura, 2005.

DA SILVA, Thaína Martins; ALVES, Lídia Maria Nazaré. A representação da loucura, morte e luto no conto “a terceira margem do rio” de João Guimarães Rosa. Anais do Seminário Científico do UNIFACIG, n. 5, 2019.

DAOLIO, Jocimar. Corpo e identidade. In: MOREIRA, W. W. (org.) Século XXI: a era do corpo ativo. Campinas, SP: Papirus, p. 49-62, 2006.

DE SOUZA COELHO, Milton et al. O mito samurai no imaginário do Japão: homens e deuses na trama dos sentidos. Motrivivência, v. 30, n. 56, p. 246-260, 2018.

DIEGUES, Antonio Carlos. A mudança como modelo cultural: o caso da cultura caiçara e a urbanização. Enciclopédia caiçara, v. 1, p. 21-48, 2004.

DURAND, Gilbert. A imaginação simbólica. Tradução de Eliane Fittipaldi Pereira. São Paulo: Culturix, Editora da Universidade de São Paulo, 1988.

DURAND, Gilbert. As estruturas antropológicas do imaginário: introdução à arquetipologia geral. 4ª ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.

FERREIRA-SANTOS, Marcos. Crepusculário: conferências sobre mitohermenêutica e educação em Euskadi. São Paulo: Zouk, 2004.

FERREIRA-SANTOS, Marcos; ALMEIDA, Rogério. Aproximações ao Imaginário: bússola de investigação poética. São Paulo: Képos, 2012.

FRANCHI, Silvester. Jogos tradicionais/populares como conteúdo da cultura corporal na Educação Física escolar. Motrivivência, n. 40, p. 168-177, 2013.

FRANCO, Marcel Alves; DE SOUZA MENDES, Maria Isabel Brandão. Fenomenologia e Educação Física: uma revisão dos conceitos de corpo e motricidade. Motrivivência, v. 27, n. 45, p. 209-218, 2015.

GONÇALVES JUNIOR, Luiz et al. Etnomotricidad: juegos de resistencia cultural en la comunidad caizara de Ilhabela-Brasil. Estudios pedagógicos (Valdivia), v. 38, n. ESPECIAL, p. 249-266, 2012.

GUMBRECHT, Hans Ulrich. Elogio da beleza atlética. Tradução: RAVAGNANI, F. São Paulo: Companhia das Letras, 182 p. 2007.

HACKEROTT, Maria Altimira. Devaneio e movimento na experiência do velejar. Dissertação (Mestrado) – Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. São Paulo, 116p. 2018.

KRETCHMAR, R. Scott. Pesquisa filosófica em atividade física. In: THOMAS, Jerry R.; NELSON, Jack K. (org.). Métodos de pesquisa em atividade física. Porto Alegre: Artmed, 2002. P. 247-257.

LAZZAROTTI FILHO, Ari et al. O termo práticas corporais na literatura científica brasileira e sua repercussão no campo da Educação Física. Movimento, v. 16, n. 1, p. 11-29, 2010.

MARCÍLIO, Maria Luiza. Caiçara: terra e população: estudo de demografia histórica e da história social de Ubatuba. 2ª ed. São Paulo: Edusp, 2006.

MARTÍNEZ PERDOMO, Adalid. Juegos e identidad cultural en el contexto americano. In: MARIN, E. C.; STEIN, F. (Org.). Jogos Autóctones e Tradicionais de Povos da América Latina. 1ed.Curitiba: Editora CRV, p. 133-155, 2015.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio da pesquisa social. In: MINAYO, M. C. S. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Editora Vozes Limitada, p. 9-29, 2011.

MOREIRA, Virginia. O método fenomenológico de Merleau-Ponty como ferramenta crítica na pesquisa em psicopatologia. Psicologia: Reflexão e crítica, v. 17, n. 3, p. 447-456, 2004.

MÜLLER, Uwe. Esporte e Globalização. Motrivivência, n. 10, p. 17-25, 1997.

MUSSOLINI, Gioconda. Ensaios de antropologia indígena e caiçara. Org.: CARONE, E. Coleção Estudos brasileiros, v. 38. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.

PERES, Juliana de Jesus Pinheiro et al. Primeiros jogos mundiais dos povos indígenas: uma análise da percepção dos espectadores. Motrivivência, v. 31, n. 59, 2019.

SANTIN, Silvino. Cultura e esporte: uma hermenêutica visual. Motrivivência, n. 41, p. 155-165, 2013.

SAURA, Soraia Chung. Sobre bois e bolas. In: SAURA, S.C; ZIMMERMANN, A.C; (orgs) Jogos Tradicionais. 1 ed. São Paulo: Editora Laços, p. 165-188. 2014.

SAURA, Soraia Chung; MEIRELLES, Renata. Brincantes e Goleiros, considerações sobre o Brincar e o Jogo a partir da fenomenologia da imagem. In: CORREIA, W. R.; RODRIGUES, B. M. (orgs) Educação Física no Ensino Fundamental: da inspiração à ação. Editora Fontoura, Várzea Paulista, SP, p. 35-60, 2015.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. Do preto, do branco e do amarelo: sobre o mito nacional de um Brasil (bem) mestiçado. Ciência e cultura, v. 64, n. 1, p. 48-55, 2012.

SILVEIRA, Denise Tolfo; CÓRDOVA, Fernanda Peixoto. A Pesquisa Científica. In: GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. Métodos de pesquisa. Plageder, p. 31-42, 2009.

SILVA, Luiz Geraldo. Da terra ao mar: por uma etnografia histórica do mundo caiçara. In: DIEGUES, A. C. (org.) Enciclopédia Caiçara: o olhar do pesquisador, v. 1, p. 49-70, 2004.

STEIN, Fernanda; MARIN, Elizara Carolina. O jogo tradicional no contexto atual da quarta colônia de imigração italiana no Rio Grande do Sul. Motrivivência, v. 31, n. 58, 2019.

UNESCO. Declaração Universal Sobre a Diversidade Cultural 2002. 02 de novembro de 2001. CLT.2002/WS/9, Paris (FRA), 2001.

UNESCO. Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial 2003. 17 de outubro de 2003. MISC/2003/CLT/CH/14, Paris (FRA), 2003.

VASCONCELOS, José Mauro. Rosinha, minha canoa. São Paulo: Melhoramentos, 272p. 1962.

VINHA, Marina. Saúde Social: fonte revitalizadora dos jogos dos povos indígenas. In.: Celebrando os jogos, a memória e a identidade: XI Jogos dos Povos Indígenas. Porto Nacional – Tocantins, p.232-233, 2011.

ZIMMERMANN, Ana Cristina; SAURA, Soraia Chung. (orgs.) – Jogos Tradicionais. São Paulo: Pirata, 192p. 2014.

ZIMMERMANN, Ana Cristina; SAURA, Soraia Chung. Body, environment and adventure: experience and spatiality. Sport, Ethics and Philosophy, v. 11, n. 2, p. 155-168, 2017.

Published

2020-08-05

How to Cite

Silva, D. C., Zimmermann, A. C., & Saura, S. C. (2020). The sea and the caiçara: the canoes race as traditional game and identity strengthening. Motrivivência, 32(63), 01–21. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e72453

Issue

Section

Artigos Originais

Most read articles by the same author(s)