Marcadores culturais surdos: quando eles se constituem no espaço escolar

Autores

  • Maura Corcini Lopes UNISINOS, São Leopoldo (RS)
  • Alfredo Veiga Neto Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

Este trabalho focaliza parte de uma pesquisa realizada com sujeitos surdos em fase de escolarização e/ou que militam na causa surda. Localizada no campo teórico do pós-estruturalismo e dos Estudos Surdos, analisamos narrativas que tais surdos fazem sobre si e sobre a escola. A escola de surdos tem sido um dos espaços que promove a aproximação e a construção da comunidade surda, acontecimento que deixa marcas na comunidade, pois esta ao alojar-se no espaço escolar é pedagogizada pelas práticas disciplinares que constituem a mesma. Nessa análise, identificamos a noção de luta. a permanente convivência no grupo surdo e a experiência do olhar como marcadores culturais pelos quais os sujeitos da pesquisa instituem e narram suas identidades surdas. Esses enunciados mostram, ainda, abrandamentos nas tradicionais causas surdas (escola para surdos e língua de sinais) que estão sendo, em boa parte, deslocadas para outras bandeiras, tais como condições de ensino, reconhecimento da capacidade surda de aprender e construção de currículos surdos, nos quais os marcadores culturais estejam presentes para além dos conteúdos escolares.

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Publicado

2006-10-30

Como Citar

Lopes, M. C., & Veiga Neto, A. (2006). Marcadores culturais surdos: quando eles se constituem no espaço escolar. Perspectiva, 24(3), 81–100. https://doi.org/10.5007/%x