Escola indígena: uma reflexão sobre seus fundamentos teóricos, ideológicos e políticos
DOI:
https://doi.org/10.5007/%25xResumo
Neste artigo, são discutidas as distintas abordagens que configuram o campo teórico da educação indígena, tendo como ponto de partida o ensaio de Marcel Mauss Transmission de la cohesion sociale, tradition, éducation, no qual se deslumbram aspectos como: o sentido de tradição, a dimensão do cotidiano, a aprendizagem corporal, os princípios de sexo e idade na classificação social e na iniciação ritual, entre outros, que hoje em dia constituem linhas importantes de pesquisa que estão sendo exploradas pela Antropologia da Educação. Com base nesta panorâmica teórica, revisa-se criticamente a noção de escola indígena, a qual está circunscrita e reduzida ao modelo de “educação formal”, próprio da tradição ocidental, que reproduz e mantém as formas hegemônicas de socialização. De modo que as crianças indígenas terminam vivenciando o conflito entre um sistema que desvaloriza seu aprendizado cultural, e uma visão de mundo e de valores que não gera pontes de tradutibilidade. A crítica que se formula é com respeito à relação mecânica que se estabelece entre educação formal e espaço escolar, indicando-se que não só é possível, senão necessário pensar na desconstrução desta relação com o fim de buscar no contexto amplo da educação e do cotidiano social alternativas de levar a cabo um processo de escolarização infantil que reformule a condição hegemônica da escola.
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