O papel da escola nos “ensaios” para a cidadania
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2016v34n2p582Resumo
A partir de Hannah Arendt, analisa-se nesse artigo o papel da escola, tomando como referência a ideia de “ensaio” para cidadania. Como a Modernidade se caracteriza pela ascensão da esfera social e a diluição da distinção entre público e privado, tal como a experiência dos antigos gregos e romanos a evidenciava, é importante analisar a tarefa da escola, uma vez que para a autora esta deve ser a instituição que faz a transição do domínio familiar para a vida pública. Nesse sentido, relaciona-se a natalidade como o fato de que os seres humanos nascem para o mundo e a educação, situando a escola no âmbito pré-político. Nele, a escola se ocuparia da tarefa de “ensaiar” o estudante para a cidadania, introduzindo-o na ação e na tradição, elementos cruciais para que os “novos” adentrem ao mundo que lhes é estranho e habitado por outros adultos. Nesse sentido, a escola tem a função de educar e ensinar, findando, assim, a educação assim que o indivíduo atingir a condição adulta e se tornar um cidadão. Sem uma educação que propicie a preservação da novidade e da singularidade de cada criança e jovem, ao mesmo tempo em que permita os “ensaios” para a vida pública, corre-se o risco de perder a possibilidade de renovação do mundo e, no caso da contemporaneidade, da reestruturação da vida pública por meio da cidadania.
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