A avaliação educacional como tecnologia de controle no capitalismo neoliberal
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2016v34n3p814Resumo
O presente artigo trata da avaliação educacional como tecnologia de controle no capitalismo neoliberal. Compõe-se basicamente de três partes, das quais a primeira se ocupa em resgatar alguns elementos relativos à genealogia das disciplinas, tal como realizada por Foucault no curso A sociedade punitiva (2013) e, posteriormente, em Vigiar e punir (1991). Dentre esses elementos, são priorizados o exame, o papel do exercício e das instâncias julgadoras, bem como o tipo de individualização característico das sociedades disciplinares, articulando-os, dentro do possível, à educação. A segunda seção, por sua vez, inicia fazendo um breve retrospecto histórico do processo de empresariamento da sociedade, em geral, e da educação, em particular; em seguida, delineia o desenvolvimento de um novo espírito do e para o capitalismo, mapeando algumas de suas principais características; e articula-o, por fim, ao advento das sociedades de controle, conforme o diagnóstico de Deleuze (1992). Na terceira seção, retornamos ao tema da avaliação e do exame, desta vez, no contexto da sociedade de controle, a fim de explorar suas conexões com as novas tecnologias de governo, lançando mão, para tanto, dos aportes teóricos introduzidos pelo sociólogo Luc Boltanski (2013) no sentido da ativação da resistência aos procedimentos educacionais de subjetivação.
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