Acontecimento, subjetividade e historicidade: coordenadas críticas na didática latinoamericana
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2022.e85989Palavras-chave:
Ato didático, Historicidade, Processo didático, SujeitoResumo
O artigo apresenta uma revisão das rupturas e aperturas epistemológicas das produções de intelectuais e pesquisadores(as) da América Latina no campo da didática que situam se criticamente em relação com a didática dominante ao longo da modernização neoliberal imposta pelas ditaduras militares desde 1964 e atualmente em crise. Essas produções pertencentes ao cono sul correspondem a Teoria do Acontecimento Didático; a Didática Multidimensional, a Didática não Parametral e a proposta do repensar a aula como unidade de análises na pesquisa e formação pedagógica. Para isso, caracteriza se o devenir histórico da didática como campo intelectual georreferenciado e fragmentário em sua constituição. Analisa se as coordenadas críticas que tramam essas produções como a natureza do fenómeno didático e o loco do sujeito nela, com destaque dos modos em que a alegada transparência e objetividade da transmissão dos saberes tem sido confrontada por médio das subjetividades e a historicidade do desejo de saber, a curiosidade e o saber em falta. Nesse contexto, torna se relevante a noção de processo como estrutura frente a mundanidade do devenir e imprevisibilidade da contingência que rompe a estabilidade e convida a pensar o campo da produção didática desde categorias epistémicas onde a formação conecta se como o constituinte que e sempre histórico e político.
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