Liberalismo e formação de professores para educação de surdos
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2012v30n1p231Resumen
Este trabalho analisa o cenário político em que a emergência de um campo de saber pedagógico-científico e de um corpo de expertise para o trabalho didático com os sujeitos surdos foram produzidos como necessários ao ideal moderno de civilização. Ao explicar o movimento da formação docente como dispositivo de governamentalidade, pretende-se contribuir com o entendimento de como os conjuntos discursivos que cruzam as medidas políticas geram significados que demarcam a educabilidade dos discentes surdos e o status profissional dos sujeitos docentes relacionando a funcionalidade desse jogo com o regime governamental do liberalismo. Para tanto, neste trabalho, buscou-se alicerce nas contribuições de Michel Foucault, utilizando a noção de dispositivo como utensílio metodológico e a noção de governamentalidade como ferramenta analítica. A partir da realização deste estudo, foi possível descrever a criação da formação de professores para a educação de surdos no século XIX como um dispositivo de governamentalidade acionado pelo Estado Liberal. Nessa conjuntura, a formação docente responde estrategicamente à urgência histórica de criar um regime de saber para os professores que permita ordenar a população escolar e produzir corpos surdos dóceis.
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