A geometria como disciplina do curso de formação de professores primários: a influência do método intuitivo nas primeiras décadas do século XX no Brasil

Autores

  • Maria Cristina Araújo de Oliveira Universidade Federal de Juiz de Fora – MG

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-795X.2016v34n1p102

Resumo

O artigo discute o papel da geometria na formação de normalistas no início do século XX, quando o ensino primário se estrutura no Brasil com o apoio do método intuitivo. A geometria vista como um saber a ensinar trataria suporte, para além dela mesma, ao ensino das formas, essencial na perspectiva intuitiva de conhecimento. Pelos pressupostos do método intuitivo, a aprendizagem inicia-se pelas sensações, pelos órgãos dos sentidos. Assim, observar, tocar, sentir e, enfim, nomear são processos fundamentais. Para Pestalozzi, a intuição no método elementar não se restringe à simples impressão sensível causada pelas coisas. Sendo assim, carece de fazer agir uma arte da intuição pela qual participam os elementos fundamentais que permitem o conhecimento: a forma, o número e o nome. O modelo de formação de professores baseado na arte de ensinar, que supunha a observação de bons modelos de ensino, é reforçado com a publicação de revistas pedagógicas que funcionariam como uma caixa de utensílios na qual as lições seriam dedicadas aos professores, fornecendo um conhecimento para ensinar.

 

 

 

 


 

Biografia do Autor

Maria Cristina Araújo de Oliveira, Universidade Federal de Juiz de Fora – MG

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Professora do Departamento de Matemática e do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

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Publicado

2016-06-21

Como Citar

de Oliveira, M. C. A. (2016). A geometria como disciplina do curso de formação de professores primários: a influência do método intuitivo nas primeiras décadas do século XX no Brasil. Perspectiva, 34(1), 102–118. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2016v34n1p102