Educação e implosão social
DOI :
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2012v30n1p333Résumé
As espetaculares implosões conhecidas por diversos países interrogam o sociólogo e particularmente aqueles que percebem a educação como encarnação de esquemas de ação. Por que essas vertiginosas faltas de eficácia dos habitus duravelmente inculcados? Ao lado da resposta classicamente procurada nas evoluções mais ou menos contingentes, este artigo sugere a existência de mecanismos inerentes aos processos de socialização alimentando essas brutais evoluções. Em primeiro lugar, a socialização se apresenta como uma inserção em categorias heterogêneas em interação dinâmica, o que permite pensar sua dependência em relação às influências categoriais, às tensões e aos conflitos. Em segundo lugar, a interioridade implica um espaço de jogo ou espaço de reversibilidade, cada ator podendo virtualmente esconder, mostrar, simular e transgredir as normas de ação das categorias de inserção, enfim, se reservar a liberdade de desvios abruptos nas suas adesões
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