Educação e gênero: histórias de estudantes do curso Gênero e Diversidade na Escola
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n357772Resumo
O objetivo do trabalho foi o de identificar as contribuições do curso de Formação de
Professores em Gênero e Diversidade na Escola (GDE) para os profissionais da educação básica. Para tanto, foi realizado um grupo focal com nove participantes do curso, sendo oito mulheres e um homem. Os dados foram analisados com base na análise de conteúdo. Os resultados mostraram que o curso contribuiu para: a aquisição de conhecimentos sobre os marcadores sociais das diferenças e compreensão desses como sociais e políticos; o reconhecimento e posicionamento das participantes como feministas; a ressignificação de experiências profissionais e de vida relacionadas às temáticas do GDE. As entrevistadas destacaram a relevância de temas como gênero, sexualidade, raça, geração, religião e deficiência na formação de professores.
Downloads
Referências
ALTMANN, Helena. “Diversidade sexual e educação: desafios para a formação docente”. Sexualidad, Salud y Sociedad – Revista Latinoamericana, n. 13, p. 69-82, abril 2013.
BARBOSA, Jaqueline Aparecida. Curso ‘gênero e diversidade na escola’: influência na prática profissional segundo ex-cursistas do Distrito Federal Brasília – DF. 2014. Especialização (Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.
BARDIN, Lawrence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2000.
BARROS, Sulivan Charles. “Gênero e Diversidade na Escola em Goiás: relato de experiência”. Revista Café com Sociologia, v. 6, n. 1, p. 201-212, jan./abr. 2017.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.
BELLO, Melissa C.; SANTOS, Dayana B. C. “Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es e os desafios na construção de práticas curriculares de enfrentamento ao preconceito e à discriminação no âmbito escolar no Paraná”. In: FAZENDO GÊNERO: DIÁSPORAS, DIVERSIDADES, DESLOCAMENTOS, 9, 2010, Florianópolis, Instituto de Estudos de Gênero. Anais... Florianópolis: IEG, 2010. p. 1-6.
BORGES, Zulmira N.; MEYER, Dagmar E. S. “Limites e possibilidades de uma ação educativa na redução da vulnerabilidade à violência e à homofobia”. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v. 16, n. 58, p. 59-76, 2008.
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade. 5. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
BUTLER, Judith. “Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do ‘sexo’”. In: LOURO, Guacira, L. (Org). O corpo educado. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. p. 151-172.
CABRAL, Paulo Sérgio. Qual o conceito de gênero na perspectiva docente? 2016. Trabalho de Conclusão (Especialização em Gênero e Diversidade na Escola) – Universidade Federal do Paraná, Setor Litoral/UFPR, Itajaí, SC, Brasil.
CARRARA, Sérgio; NASCIMENTO, Marcos; DUQUE, Aline; TRAMONTANO, Lucas; PEREIRA, Maria Elisabete. Gênero e diversidade na escola: avaliação de processos, resultados, impactos e projeções. Rio de Janeiro: CEPESC, 2017.
CARVALHO, Maria Eulina Pessoa de. “Gênero é um conceito complexo e de difícil sensocomunização. Considerações a partir de uma experiência de formação docente”. Instrumento: Revista de Estudo e Pesquisa em Educação, Juiz de Fora, v. 12, n. 2, p. 75-87, jul./dez. 2010.
CARVALHO, Guilherme Paiva de; MENDES, Marcília Gomes. “Gênero e políticas educacionais no Brasil”. Cadernos Espaço Feminino, Uberlândia, v. 21, n. 1, p. 7-23, jan./jun. 2015.
DINIS, Nilson Fernandes. “Educação, relações de gênero e diversidade sexual”. Educação & Sociedade, Campinas, v. 29, n. 103, p. 477-492, maio/ago. 2008.
FREIRE, Nilcéa; SANTOS, Edson; HADDAD, Fernando. “Apresentação”. In: BARRETO, Andreia; ARAÚJO, Leila; PEREIRA, Maria Elisabete (Org.). Gênero e Diversidade na Escola: formação de professores em Gênero, orientação sexual e relações étnico-raciais. Caderno de Atividades. Rio de Janeiro: CEPESC, 2012. p. 9-10.
GAGNON, John. Uma interpretação do desejo: ensaios sobre o estudo da sexualidade. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
GESSER, Marivete; OLTRAMARI, Leandro C.; CORD, Denise; NUERNBERG, Adriano H. “Psicologia escolar e formação continuada de professores em gênero e sexualidade”. Psicologia Escolar e Educacional, v. 16, n. 2, p. 229-236, 2012.
GESSER, Marivete; NUERNBERG, Adriano H.; TONELI, Maria J. F. “A contribuição do modelo social da deficiência à Psicologia Social”. Psicologia e Sociedade, v. 24, n. 3, p. 557-566, 2012.
GESSER, Marivete; OLTRAMARI, Leandro C.; PANISSON, Gelson. “Docência e concepções de sexualidade na educação básica”. Psicologia & Sociedade, v. 27, n. 3, p. 558-568, 2015.
GRAUPE, Mareli. “Gênero, diversidade e sexualidades: formação continuada de professor@s.” In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL FAZENDO GÊNERO, 10, 2013, Florianópolis, Instituto de Estudos de Gênero. Anais... Florianópolis: IEG, 2013. p. 1-12. Disponível em http://www.fg2013.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/20/1373462842_ARQUIVO_texto-Mareli-Genero.pdf. Acesso em 10/08/2017.
GRAUPE, Mareli Eliane; GROSSI, Miriam Pillar. “Desafios no processo de implementação do curso gênero e diversidade na Escola (GDE) no Estado de Santa Catarina”. Poiésis, Tubarão, v. 8, n. 13, p. 104-125, jan./jun. 2014.
GREBINSKY, Raquel Caterine. Nem “bordel homoafetivo”, nem “política de canalha”: um estudo sobre as políticas públicas de gênero e sexualidade no congresso nacional. 2016. Especialização (Gênero e Diversidade na Escola) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
GUÉTAT-BERNARD, Hélène; LAPEYRE, Nathalie. “Les pratiques contemporaines de l’empowerment: pour une analyse des interactions entre pratiques et théories, individu.e.s et collectifs”. Cahiers du Genre, n. 63, p. 5-22, 2017.
KAMENSKY, Andrea P. dos S. O.; WAKS, Jonas; CONCHÃO, Silmara; SILVA, Zilda B. D. Políticas e direitos: políticas públicas de formação docente em direitos humanos, gênero e diversidade na escola no Brasil (2006-2016). São Paulo: Editora Pontocom, 2016.
LOPES, Juliana Crespo; PULINO, Lucia Helena Cavasin Zabotto; BARBATO, Mariana; PEDROZA, Regina Lucia Sucupira. “Construções coletivas em educação do campo inclusiva: reflexões sobre uma experiência na formação de professores”. Educação e Pesquisa, v. 42, n. 3, p. 607-623, abr. 2016.
MADUREIRA, Ana Flávia do Amaral; BRANCO, Ângela Uchoa. “Gênero, Sexualidade e Diversidade na Escola a partir da Perspectiva de Professores/as”. Temas em Psicologia, v. 23, n. 3, p. 577-591, 2015.
MELLO, Luis; BRITO, Walderes; MAROJA, Daniela. “Políticas públicas para a população LGBT no Brasil: notas sobre alcances e possibilidades”. Cadernos Pagu, v. 39, p. 403-429, jul./dez. 2012.
NAUJORKS, Carlos José; SILVA, Marcelo Kunrath. “Correspondência identitária e engajamento militante”. Civitas, Porto Alegre, v. 16, n. 1, p. 136-152, jan./mar. 2016.
REIS, Cristina d’Ávila; PARAÍSO, Marlucy Alves. ”Normas de gênero em um currículo escolar: a produção dicotômica de corpos e posições de sujeito meninos-alunos”. Revista Estudos Feministas, v. 22, n. 1, p. 237-256, abr. 2014.
ROSA, Ana Cristina Batista de Souza. Ressignificações das aprendizagens de gênero de educadores/as no Curso de Especialização em Gênero e Diversidade na Escola. 2016. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.
ROSSI, Célia Regina; VILARONGA, Carla Ariela; GARCIA, Osmar Arruda; LIMA, Maria Teresa Oliveira. “Gênero e Diversidade na Escola: reflexões acerca da formação continuada sobre assuntos da diversidade sexual”. Contexto & Educação, Unijuí, ano 27, n. 88, p. 6-34, jul./dez. 2012.
SAWAIA, Bader. “O sofrimento ético-político como categoria de análise da dialética exclusão/inclusão”. In: SAWAIA, Bader (Org.). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, 1999. p. 97-118.
SILVA, Fabiane M. “Educação e Docência: Um estudo sobre as relações de gênero e diversidade na escola”. Revista Ártemis, v. XXII, n. 1, p. 17-31, jul.-dez. 2016.
TEIXEIRA, Fabiane Lopes. Gênero e Diversidade na Escola – GDE: investigando narrativas de profissionais da educação sobre diversidade sexual e de gênero no espaço escolar. 2014. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.
TOZETTI, Renata de Fátima. O curso gênero e diversidade na escola (GDE): uma análise sobre o olhar de cursistas da UFPR litoral. 2017. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Territorial Sustentável) – Universidade Federal do Paraná, Setor Litoral/UFPR, Matinhos, PR, Brasil.
VENCATO, Ana Paula. “A diferença dos outros: discursos sobre diferenças no curso Gênero e Diversidade na Escola da UFSCar”. Contemporânea, v. 4, n. 1, p. 211-229, jan./jun. 2014.
VIANNA, Cláudia. “Gênero, sexualidade e políticas públicas de educação: um diálogo com a produção acadêmica”. Pro-Posições, v. 23, n. 2, p. 127-143, maio/ago. 2012.
WOLFF, Cristina Scheibe; SALDANHA, Rafael Araújo. “Gênero, sexo, sexualidades: Categorias do debate contemporâneo”. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 9, n. 16, p. 29-46, jan./jun. 2015.
ZIBETTI, Marli Lúcia Tonatto; SOUZA, Marilene Proença Rebello de. “Apropriação e mobilização de saberes na prática pedagógica: contribuição para a formação de professores”. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33, n. 2, p. 247-262, ago. 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista Estudos Feministas está sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
A licença permite:
Compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e/ou adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material) para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que os termos da licença sejam respeitados. Os termos são os seguintes:
Atribuição – Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se foram feitas mudanças. Isso pode ser feito de várias formas sem, no entanto, sugerir que o licenciador (ou licenciante) tenha aprovado o uso em questão.
Sem restrições adicionais - Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo permitido pela licença.