Como me tornei #dotorainspiração e o brinco de Ewá

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DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n161683

Resumen

O objetivo deste ensaio é discutir as interfaces entre intelectualidade acadêmica e pública em diálogo com feministas negras e decoloniais. Levando em conta a produção de uma “narrativa na primeira pessoa”, discuto minha própria trajetória como professora universitária, destacando a relevância da construção de projetos científicos baseados na autoimagem de mulheres negras como intelectuais. Em atenção à crítica de Ochy Curiel sobre a imposição de renúncia da “vida social” para alcançar uma carreira bem-sucedida, trago para primeiro plano a importância de discutir o papel da subjetividade e da produção de conhecimentos autodefinidos na vida de mulheres negras. Por fim, reflito sobre os dilemas e possibilidades colocados para a intelectualidade de mulheres negras por meio de experiências vivenciadas nos últimos quatro anos, entre elas a criação do Grupo Intelectuais Negras UFRJ, a participação em programas televisivos e o posto de colunista no Nexo Jornal.

 

 

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Biografía del autor/a

Giovana Xavier, Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Dra. em História Social, professora da UFRJ, mãe do Peri, coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais Negras UFRJ, tutora do Programa de Educação Tutorial Conexões de Saberes Diversidade UFRJ, colunista do Nexo Jornal.

Citas

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Publicado

2021-07-21

Cómo citar

Xavier, G. (2021). Como me tornei #dotorainspiração e o brinco de Ewá. Revista Estudos Feministas, 29(1). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n161683

Número

Sección

Punto de Vista