Gênero na prática docente em educação física: “meninas não gostam de suar, meninos são habilidosos ao jogar”?

Autores

  • Helena Altmann Universidade Estadual de Campinas
  • Eliana Ayoub Universidade Estadual de Campinas
  • Silvia Cristina Franco Amaral Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-026X2011000200012

Resumo

Este artigo analisa como o gênero perpassa a prática docente em Educação Física, através da análise de questionários abertos, respondidos por professores/as de Educação Física de escolas públicas da Região Metropolitana de Campinas, São Paulo, em 2009. Os resultados foram problematizados a partir de dois eixos: planejamento e seleção de conteúdos; e conflitos aparentes e velados. As questões de gênero não são consensuais entre os/as docentes e foram consideradas por alguns/as no planejamento das aulas. Diferenças de desempenho de meninos e meninas nas práticas corporais aparecem como a principal fonte de conflitos e o aspecto mais considerado durante o planejamento. As aulas mistas podem problematizar concepções estereotipadas de feminino e de masculino, mostrando que nem todos os meninos se identificam com esportes e jogos coletivos e que meninas também sabem e gostam de jogar.

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Biografia do Autor

Helena Altmann, Universidade Estadual de Campinas

É docente da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde atua na graduação e na pós-graduação. Tem experiência na área de educação e educação física, com ênfase em gênero e sexualidade. Coordena o Grupo de Pesquisa “Corpo e Educação”, vinculado à Faculdade de Educação Física da UNICAMP. Dentre as suas publicações mais recentes, incluem-se: “Educação sexual em uma escola: da reprodução à prevenção”. Cadernos de Pesquisa, v. 39, p. 175-200, 2009; “Educação sexual: ética, liberdade e autonomia”.Educar em Revista, p. 63-80, 2009; “Educação sexual e primeira relação sexual: entre expectativas e prescrições”. Revista Estudos Feministas, v. 15, p. 333-356, 2007.

Eliana Ayoub, Universidade Estadual de Campinas

É docente da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), vinculada ao Laboratório de Estudos sobre Arte, Corpo e Educação (LABORARTE). Atua na área de ensino e formação de professores, desenvolvendo pesquisas sobre temáticas concernentes a escola, relações educativas e cotidiano, com ênfase no estudo da educação física escolar, ginástica geral, corpo e linguagem. Dentre suas publicações, destacam-se: organização do dossiê “Entrelugares do corpo e da arte”, Revista Pro-Posições, v. 21, n. 2 (62), maio/ago. 2010. p. 13-159; “Corpo, linguagem e educação: experiências com a ginástica geral”, capítulo do livro Corporeidade e educação: tecendo sentidos... São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. p. 139-156; “Ginástica geral na formação em pedagogia”, capítulo do livro Ginástica geral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte Editora, 2008. p. 37-54.

Silvia Cristina Franco Amaral, Universidade Estadual de Campinas

É docente da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), vinculada à graduação e pós-graduação em Educação Física, dedicando-se aos estudos do lazer e das políticas públicas dessa área. Tem publicado em periódicos e participado de eventos nacionais e internacionais. Entre suas principais publicações estão artigos como: “Entre a marquise e a pista central: espaço para o tempo livre no Parque do Ibirapuera”. Movimento (UFRGS), v. 16, p. 249-266, 2010; “Reflexões sobre a produção em políticas públicas de educação física, esporte e lazer”. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 31, p. 41-57, 2009; “Public Leisure Policies in Porto Alegre, Brazil: From Representative to participative democracy”. World Leisure Journal, v. 50, p. 127-138, 2008.

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Publicado

2011-01-01

Como Citar

Altmann, H., Ayoub, E., & Amaral, S. C. F. (2011). Gênero na prática docente em educação física: “meninas não gostam de suar, meninos são habilidosos ao jogar”?. Revista Estudos Feministas, 19(2), 491. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2011000200012

Edição

Seção

Dossiê