Área de figuras planas no livro didático de matemática do 5º ano do ensino fundamental
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2025.e100535Palavras-chave:
Área de figuras planas, Organizações praxeológicas, Livro didáticoResumo
Esse estudo tem por objetivo compreender a abordagem matemática e didática no livro didático (LD) de matemática do 5º ano do Ensino Fundamental em relação ao saber área de figuras planas. A fundamentação teórica está apoiada na Teoria Antropológica do Didático desenvolvida por Chevallard, no tipo de Organização Didática proposta por Gascón e no modelo de área enquanto grandeza proposto por Douady e Perrin-Glorian e Lima e Bellemain. A metodologia é qualitativa de cunho documental, que consiste na análise da organização matemática e didática no LD. Os resultados indicam, dentre as tarefas rastreadas, a predominância nas pertencentes ao tipo T2 (Determinar área de figuras planas) com 19 tarefas de representatividade para as quais são aplicadas as técnicas: contagem de superfície unitária e multiplicação dos lados adjacentes. O bloco tecnológico-teórico que prevaleceu foi a aditividade de área e multiplicação enquanto configuração retangular sob o domínio dos números naturais. Dos seis momentos de estudo foram observados cinco, ficando de fora o momento da avaliação praxeológica. A ênfase da constituição do ambiente tecnológico teórico é no quadro numérico. A institucionalização do saber área é considerado enquanto medida, o que pode contribuir para o desenvolvimento de lacunas na aprendizagem do estudante fortalecendo a promoção de concepção numérica. Devido a ênfase da organização didática dos livros ser no momento exploratório e no trabalho da técnica, caracterizamos a concepção do LD como empirista, ou seja, a aprendizagem ocorre por meio de um processo didático indutivo.
Palavras-chave: Área de figuras planas, Organizações praxeológicas, Livro didático.
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