Formação inicial do professor de matemática para escolas do Campo: ‘olhares’ da comunidade campesina
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2017v12n2p247Resumo
Estudos no campo da formação de professores apontam a reflexão como uma estratégia para lidar com a complexidade e a diversidade de situações que abarcam a ação docente. Trata-se de formar um profissional que seja capaz de desenvolver a prática docente em consonância com as demandas e a realidade do contexto social e cultural onde acontece a docência. Neste sentido, as Licenciaturas de Educação do Campo da Universidade Federal de Minas Gerais tem a sua estrutura curricular organizada em espaços e tempos de formação em regime de alternância. A proposta da formação por alternância suscita a imersão do licenciando na realidade das comunidades campesinas e de suas escolas com a intenção de percebê-la como espaço privilegiado e legítimo da sua ação de ‘ser’ e ‘estar’ como professor. Na execução do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o licenciando realiza um estudo e elabora uma proposta pedagógica sobre questões da comunidade em que se insere. Tendo como referência o TCC, procuramos identificar as percepções de duas licenciandas sobre os saberes produzidos na comunidade campesina na busca de explicação e significado de fenômenos que contatam no dia a dia. Adotando uma metodologia qualitativa e interpretativa, procuramos indicadores que ajudem a compreender novos ‘olhares’ sobre o cotidiano da comunidade. Esses ‘novos’ olhares mostram-se fundamentais na construção do perfil desses atores que serão os futuros professores de matemática nas escolas do campo e que podem levar a escola a ocupar um espaço político e propositivo na vida da comunidade. Este estudo aponta a necessidade de se avançar com a materialização do papel da escola campesina na prática docente.
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