Os aspectos “ver e ver-como” e o número de ouro na perspectiva wittgensteiniana da linguagem

Autores

  • Pablo Roberto de Sousa Neto Instituto Federal do Maranhão (IFMA).
  • Marisa Rosâni Abreu da Silveira Universidade Federal do Pará (UFPA).
  • Luciano Augusto da Silva Melo Secretaria de Educação do Pará (SEDUC-PA).

DOI:

https://doi.org/10.5007/1981-1322.2019.e57939

Resumo

O presente texto tem o objetivo de apresentar a perspectiva wittgensteiniana acerca das expressões ver e ver-como, com foco voltado para o ensino e aprendizagem da matemática, em particular, da geometria. Nesse sentido, procuramos destacar o conceito de número de ouro, na perspectiva da linguagem, a partir de um breve histórico e sua constituição como objeto matemático propriamente dito, além de suas aplicações em outros ramos do conhecimento. Para tanto, discorremos sobre a percepção de aspectos visuais, com ênfase na segunda fase da filosofia de Wittgenstein, no intuito de mostrar que as interpretações subjetivas de objetos matemáticos, por parte dos estudantes, muitas vezes são investigadas em detrimento da linguagem. Fizemos, portanto, algumas analogias no âmbito da Educação Matemática, cujas observações nos permitiram destacar que a má compreensão dos conceitos matemáticos pode estar associada à carência de perspicuidade. Por conseguinte, ressaltamos que os aspectos ver e ver-como podem ser entendidos como técnicas subjacentes às atividades docentes evidenciadas por meio de jogos de linguagem no ensino da matemática.

Biografia do Autor

Pablo Roberto de Sousa Neto, Instituto Federal do Maranhão (IFMA).

Professor do EBTT da área de matemática do IFMA.

Marisa Rosâni Abreu da Silveira, Universidade Federal do Pará (UFPA).

Professora Adjunta do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemáticas do IEMCI/UFPA.

Luciano Augusto da Silva Melo, Secretaria de Educação do Pará (SEDUC-PA).

Professor da SEDUC-PA.

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Publicado

2019-05-31

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Artigos