O constituir-se professor ao estar-com a Investigação Matemática
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2019.e65338Resumo
Neste trabalho, tematizamos a formação de professores ao estar-com[1] a Investigação Matemática no âmbito de um grupo de formação e nos interessamos, enquanto foco da pesquisa, pelos aspectos que se revelaram significativos ao processo de constituir-se professor neste contexto. De uma postura qualitativa, procedendo de acordo com os pressupostos da pesquisa fenomenológica e hermenêutica interrogamos: quais aspectos se revelaram significativos no processo de constituir-se professor ao estar-com a Investigação Matemática no contexto de um grupo de formação? Articulados em dois grupos de ideias, os dados nos permitem inferir que a experiência e a relação eu-outro se mostraram aspectos relevantes à formação. A experiência entendida como o encontro do ser com algo que experimenta, o eu concebido como o individual autêntico dos sujeitos e o outro concebido como o colega, o professor coordenador, a literatura, o mundo. Afirmamos, portanto, que o processo de constituir-se professor investigador ocorreu na experiência produzida por relações interpessoais, na esfera subjetiva do eu e intersubjetiva do outro, sendo dependente do modo que o sujeito a ele se dirigiu e o percebeu, bem como do sentido que atribuiu ao percebido.
[1] Termo ligado à concepção heideggeriana que significa estar junto a, ao existir no mundo e diz da abertura do modo de ser para outros entes (BICUDO, 2009).
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