Formação de professores que ensinam matemática (PEM) na perspectiva da educação inclusiva: o que dizem as pesquisas stricto sensu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1981-1322.2022.e77797

Resumo

Neste Artigo de Revisão de Literatura (ARL) discorremos sobre a Formação de Professores que Ensinam Matemática (PEM), na perspectiva da Educação Inclusiva. Para tanto, investigamos: Em que se configuram as pesquisas Stricto Sensu da última década sobre a formação de professores que ensinam Matemática, na perspectiva da Educação Inclusiva e de que maneira essas pesquisas refletem no desenvolvimento profissional desses professores? Neste intuito, objetivamos manifestar a intenção formativa dos cursos de Pós-Graduação e a expectativa dessa formação para o desenvolvimento profissional de professores que ensinam Matemática na perspectiva da Educação Inclusiva. A produção originou-se de uma amostragem de 81 pesquisas com abordagens para Currículo e Formação Docente (CFD), e Saberes e Práticas Docentes (SPD). O acesso as pesquisas evidenciam um movimento crescente de estudos na área da formação de professores que ensinam Matemática na/para inclusão nas pesquisas em Pós-Graduação, a nível de Mestrado. No entanto, os resultados mostram a necessidade de que novas pesquisas em áreas específicas sejam realizadas, de maneira especial a nível de doutorado, em que se percebe maior insipiência, no intuito de que a inclusão seja refletida na academia para além de um tema discursivo, mas como um objeto a ser estudado de forma tênue e consistente.

Biografia do Autor

Maria Eliana Soares, UFPA/SEDUC/PA

3MSc. em Docência em Ciências e Matemáticas pelo Instituto de Educação Matemática e Científica da Universidade Federal do Pará. Professora Substituta da Faculdade de Matemática – UFPA/ Castanhal/PA. Professora de Atendimento Educação Especial da rede pública estadual pela Secretaria de Estado de Educação (SEDUC/PA). Membro do grupo de pesquisa em Educação em Ciência, Matemáticas e Inclusão do Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Belém/PA, Brasil. Marianaile2011@hotmail.com

 

Maria Lídia Paula Ledoux, Universidade Federal do Pará

Graduada em Pedagogia, com habilitação em Administração e Supervisão Educacional, pela Universidade Federal do Pará (1998). Especialista em Educação Ambiental e Conservação dos Recursos Hídricos pela Universidade Federal do Pará (2003). Especialista em Gestão Escolar pela Universidade Estadual do Pará (2005). Mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas, pela Universidade Federal do Pará (2005). Doutorado em Educação em Ciências e Matemáticas, pela Universidade Federal de Mato Grosso (2016) Doutorado em Rede Amazônica em Educação em Ciências - REAMEC, Polo Universidade Federal do Pará. É professora Adjunta da Universidade Federal do Pará, lotada no Campus Universitário de Castanhal, na Faculdade de Matemática. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Matemática, Formação de Professores, Saberes Docentes, Didática da Matemática, Metodologia do Trabalho Científico e Acadêmico. 

Tadeu Oliver Gonçalves, Universidade Federal do Pará

Licenciado em Matemática pela Universidade Federal do Pará (1976), Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (1981) e Doutor em Educação Matemática pela Universidade Estadual de Campinas (2000). É professor da UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ desde agosto de 1976, situando-se atualmente na categoria de PROFESSOR TITULAR. É docente/pesquisador do Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGECM/IEMCI/UFPA) - Mestrado e Doutorado, desde o seu início, em 2002 (NPADC). Também é docente do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemáticas (REAMEC). Tem experiência na área de Educação Matemática e seu campo de pesquisa tem ênfase na Formação de Formadores e de Professores de Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: educação matemática, formação de professores, ensino-aprendizagem, , ensino da matemática e neuro ciência e educação matemática.

Elielson Ribeiro de Sales, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade do Estado do Pará (1996), mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas pela Universidade Federal do Pará (2008) e doutorado em Educação Matemática pela Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (2013). Atualmente é professor Adjunto II da Universidade Federal do Pará no Curso Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagens, professor do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM), vice-coordenador do Programa de Doutorado em Educação em Ciências e Matemática (PPGECEM), oferecido pela Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática (REAMEC) polo UFPA, coordenador do Grupo Ruaké (Grupo de Pesquisa em Educação em Ciências, Matemáticas e Inclusão), membro fundador do GT13 - Diferença, Inclusão e Educação Matemática da Sociedade Brasileira de Educação Matemática e Consultor ad hoc da CAPES. Atua na área de Ensino, com ênfase em Educação em Ciências e Matemática nos seguintes temas: Ensino e aprendizagem de ciências e matemática para pessoas com Necessidades Educacionais Especiais.

Referências

Alarcão, I. Escola reflexiva e nova racionalidade. (2001). Porto Alegre. Artmed Editora.

Bogdan, R. C. E Biklen, S. K. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Tradutores: Maria João Sara dos Santos e Telmo Mourinho Baptista. (1994). Portugal. Porto Editora LTDA.

Brasil. Diretrizes nacionais para educação especial na educação básica. (2001). Secretaria de Educação Especial – SEESP/MEC.

Brasil. Declaração de Salamanca: recomendações para a construção de uma escola inclusiva. (2003). Secretaria de Educação Especial - SEESP/MEC.

Brasil. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. (2008). Secretaria de Educação Especial – SEESP/MEC.

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações determinadas pelas Emendas Constitucionais de Revisão nos 1 a 6/94, Emendas Constitucionais nº 1/92 a 91/2016 e pelo Decreto Legislativo no 186/2008. (2016). Senado Federal.

Costa, V. A. Formação de professores e educação inclusiva frente às demandas humanas e sociais: para quê? In: MIRANDA, T. G.; FILHO, T. A. G. (Orgs.). O professor e a Educação Inclusiva. (2012). Salvador: EDUFBA.

Cury, H. N. Formação de professores de matemática: uma visão multi-facetada. Porto Alegre: EDIPUCRS.

Fiorentini, D. & Passos, C. L. B., LIMA, R. C. R. (Orgs.). Mapeamento da pesquisa acadêmica brasileira sobre o professor que ensina matemática: período 2001 – 2012. (2016). Campinas/SP. FE/UNICAMP.

García, C. M. Formação de professores: Para uma mudança educativa. 2009). Portugal: Porto Editora.

Gonçalves; T. O. (UFPA) & SILVA, I. M. S. (UFAC). Mapeamento de pesquisas da Região Norte sobre o professor que ensina matemática: principais tendências. In: FIORENTINI, D., PASSOS, C. L. B. & LIMA, R. C. R. (Orgs.). Mapeamento da pesquisa acadêmica brasileira sobre o professor que ensina matemática: período 2001 – 2012: (2016). Campinas/SP: FE/UNICAMP.

Hohendorff, J. V. Como escrever um artigo de revisão de literatura. In: KOLLER, Silva H.; C, Maria Clara P. de Paula; HOHENDORFF, Jean Von (Orgs.) Manual de produção científica. (2014). Porto Alegre: Penso.

Lave, J., Wenger, E. Situated learning: legitimate peripheral participation. (1998). Cambridge: Cambridge University Press.

Leal, S. de A. D. & Abad, A. (Orgs.). A formação de professores em educação matemática na perspectiva da educação especial e inclusiva. (2019). Macapá: UNIFAP.

Mantoan, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? (2003). São Paulo: Moderna.

Melo, J. R. Percursos de formação de professores de matemática. (2016). Rio Branco: ENDUFAC.

Nóvoa, A. Imagens do futuro presente. 2009. Lisboa: EDUCA.

Pimenta, S. G. Saberes pedagógicos e atividade docente. (1999). São Paulo: Cortez.

Sampaio, M. M. F. Práticas, Saberes e Conhecimento – Escola e Currículo. In: MARIN, A. J. & GIOVANNI, L. M. (Orgs.). Práticas e saberes docentes: os anos iniciais em foco. (2016). 1ª ed. Araraquara/SP: Junqueira & Marin.

Sassaki, R. K. (2005). Inclusão: o paradigma do século 21. INCLUSÃO - Revista da Educação Especial. Recuperado de endereço eletrônico

Downloads

Publicado

2022-03-25

Edição

Seção

Dossiê Temático: Pesquisas em Formação de Professores que Ensinam Matemática