Traços da Modelagem Matemática escolar para o ensino de polinômios

Autores

  • Manoel Lucival Da Silva Oliveira Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará (EA/UFPA) https://orcid.org/0000-0002-6959-6442
  • Gleison de Jesus Marinho Sodré Universidade Federal do Pará - Lotado na Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará.

DOI:

https://doi.org/10.5007/1981-1322.2021.e78314

Resumo

O objetivo deste artigo consiste em criar certas condições a partir do uso de materiais concretos inspirado em objetos da geometria escolar, que torne possível de algum modo, o ensino de polinômios no oitavo ano do ensino fundamental. Essa problemática se insere no contexto da transposição didática do saber e, mais amplamente, de noções da Teoria Antropológica do Didático delimitado por um dos problemas docentes de interesse de referencial teórico bem como da linha cognitivista. Para isso, assumimos os recursos da Teoria Antropológica do Didático como instrumento de análise a partir de experimentações empíricas observadas em um curso com alunos do oitavo ano do ensino fundamental de uma escola pública. Os resultados encontrados revelam potencialidades das condições iniciais criadas em sala de aula, mas somente em ato, outras condições emergiram progressivamente no processo de estudos que tornou possível a modelagem matemática algébrica a partir da estruturação geométrica com materiais concretos dando sentido e significado as práticas polinomiais.

 

Referências

Bosch, M., & Chevallard, Y. (1999). La sensibilité de l’activité mathématique aux ostensifs. Recherches en didactique des mathématiques, v. 19, n.1, p.77-124. Recuperado de: http://yves.chevallard.free.fr/spip/spip/IMG/pdf/Sensibilite_aux_ostensifs.pdf

Bosch, M., Chevallard, Y., & Gascón, J. (2006). Science or magic? The use of models and theories in didactics of mathematics. Proceedings of the Fourth Congress of the European Society for Research in Mathematics Education.

Brasil. (2017). Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC.

Brasil. (1998). Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental. Brasília: MEC - Secretaria de Educação Fundamental.

Burat, Émile. (1876). Traité d'algèbre élémentaire, à l'usage des lycées, des collèges et des candidats à l'école militaire de Saint-Cyr. Paris: Librairie Classique d’Eugène Belin.

Chevallard, Y. (1989). Arithmétique, algèbre, modélisation, étapes d‘une recherche. Publication de l‘IREM d‘Aix-Marseille.

Chevallard, Y. (2019a). INTRODUCING THE ANTHROPOLOGICAL THEORY OF THE DIDACTIC: AN ATTEMPT AT A PRINCIPLED APPROACH. Hiroshima journal of mathematics education - 12: p.71-114.

Chevallard, Y. (1999). L‘analise des pratiques enseignantes em theórie anthopologique du didactique, recherches em didactiques des mathematiques. Grenoble. La Pensée Sauvage Éditions, v. 19.2, p.221-265.

Chevallard, Y. (2009). La notion d´ingénierie didactique, un concept à refonder. Questionnement et élémentos de réponses à partir de la TAD. In: MARGOLINAS, C. et al. (org.): En amont et en aval des ingénieries didactiques, XVª École d´Été de Didactique des Mathématiques – Clermont-Ferrand (Puy-de-Dôme). Recherches em Didactique des Mathématiques. Grenoble: La Pensée Sauvage, v. 1, p. 81- 108.

Chevallard, Y. (2005). La Transposición Didáctica: del saber sabio al saber enseñado. 2. ed. 3. reimp. Buenos Aires: Aique Grupo Editor.

Chevallard, Y. (2019). On using the ATD: Some clarifications and comments. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v. 21, n.4, pp. 001-017.

Chevallard, Y. (2020). Some sensitive issues in the use and development of the anthropological theory of the didactic. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.22, n. 4, pp. 013-053.

Chevallard, Y., Bosch, M. & Gascón, J. (2001). Estudar matemáticas: o elo perdido entre o ensino e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed.

Garcia, F., Gascón, J., Higueras, l., & Bosch, M. (2006). Mathematical modelling as a tool for the connection of school mathematics. ZDM Mathematics Education, v. 38, n. 3, p. 226-246.

Gascón, J. (1999). La naturaleza prealgebraica de la matemática escolar. Educación Matemática, Barcelona, v. 11, n. 1, p. 77-88.

Gascón, J.; Bosch, M.; & Bolea, P. (2001). Cómo se construyen los problemas en didáctica de las matemáticas? Educación Matemática, Barcelona, v. 3, n. 3, diciembre, p. 22-63. Recuperado de: http://www.revista-educacion-matematica.org.mx/descargas/Vol13/03Gascon.pdf.

Matos, F. C. de. (2017). Praxeologias e modelos praxeológicos institucionais: o caso da álgebra linear. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Matemáticas) - Instituto de Educação Matemática e Científica, Universidade Federal do Pará, Belém.

Nesselmann, G. 1842. Die Algebra der Griechen. Berlin: Reimer

Pereira, J. C. S. (2017). Alterações e recombinações praxeológicas reveladas por professores de matemática do ensino básico em formação continuada: a partir de um modelo epistemológico alternativo para o ensino da álgebra escolar. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Matemáticas) - Instituto de Educação Matemática e Científica, Universidade Federal do Pará, Belém. Recuperado de: https://drive.google.com/file/d/1S5hyeh8l_NpB3KaJjZbxg_5M6Ouh3h56/view.

Ruiz-Munzón, N. (2010). La introducción del álgebra elemental y su desarrollo hacia la modelización funcional. Tese (Doutorado em Matemática) - Departament de Matemàtiques, Universitat Autònoma de Barcelona.

Sodré, G. J. M. (2019). Modelagem matemática escolar: uma organização praxeológica complexa. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Matemáticas) - Instituto de Educação Matemática e Científica, Universidade Federal do Pará, Belém.

Stevin, S. (1634). Les oeuvres mathematiques de Simon Stevin. Leyde.

Viète, F. (1630). Introduction en l'art analytic ou nouvelle algèbre. Paris. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.3931/e-rara-4788.

Downloads

Publicado

2021-03-09

Edição

Seção

Artigos