A literacia estatística de licenciados em matemática
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2022.e80744Resumo
O objetivo da inclusão da Estatística no currículo de Matemática, em diferentes níveis dentro do contexto escolar, é o desenvolvimento da literacia estatística dos alunos. Para que este desenvolvimento ocorra, é necessário que o professor tenha conhecimentos apropriados, bem como também seja estatisticamente letrado. No presente artigo, analisamos as componentes cognitiva e afetiva da literacia estatística evidenciadas por 18 licenciados inseridos num curso de especialização para professores de Matemática. Os dados foram recolhidos por meio de um questionário aplicado na primeira sessão da disciplina de Estatística inserida neste curso de especialização. Os resultados indicam que os participantes apresentam dificuldades em reconhecer o significado e associação a um contexto no que se refere às medidas de tendência central e às representações gráficas. A partir dos resultados, buscamos salientar aspectos importantes para a abordagem da Estatística na formação inicial e continuada dos professores de Matemática.
Referências
AERA (2011). Code of ethics. Educational Researcher, 40(3), 145-156.
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições, 70.
Bayer, A., et al. (2004). Formandos em Matemática x Estatística na escola: Estamos preparados? Atas do Simpósio Sul-brasileiro de Ensino de Ciências (vol. 1, 1-12). Canoas: ULBRA. Recuperado de https://docplayer.com.br/15484632-Formandos-em-matematica-x-estatistica-na-escola-estamos-preparados.html
Brasil. (2017). Base Nacional Comum Curricular. MEC- Ministério da Educação. Brasília, DF.
Costa, A., & Nacaratto, A. M. (2011). A Estocástica na Formação do Professor de Matemática: percepções de professores e de formadores. Bolema - Boletim de Educação Matemática, 24(39), 367-386. Recuperado de https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/bolema/article/view/5092
Costa, A. (2007). A educação estatística na formação do professor de Matemática. Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação, Universidade São Francisco, Itatiba.
Curcio, F. (1989). Developing graph comprehension: Elementary and middle school activities. Reston, VA: NCTM.
Damin, W., Santos Júnior, G., & Pereira, R. S. G. (2019) Projeto de ensino de estatística na formação inicial de professores de matemática: indícios de saberes disciplinares. Revista Exitus, 9(3), 309-338. doi: 10.24065/2237-9460.2019v9n3ID936
Fernandes, J. A., & Barros, P. M. (2005). Dificuldades em estocástica de uma futura professora do 1º e 2º ciclos do ensino básico. Revista Portuguesa de Educação, 18(1), 117-150. Recuperado em https://bibliotecadigital.ipb.pt/handle/10198/1880
Franklin, et al. (2005). Guidelines for assessment and instruction in statistics education (GAISE) Report. Alexandria, VA: ASM.
Gal, I. (2002). Adults’ statistical literacy: Meanings, components, responsibilities. International Statistical Review, 70(1), 1-25. doi: 10.2307/1403713
Gal, I. (2004) Statistical literacy: Meanings, components, responsibilities. In D. Ben-Zvi & J. Garfield (Eds.), The challenge of developing statistical literacy, reasoning and thinking (pp. 47-78). Dordrecht: Kluwer.
Green, J. L., & Blankenship, E. E. (2013). Primarily statistics: Developing an introductory statistics course for pre-service elementary teachers. Journal of Statistics Education, 21(3). doi: 10.1080/10691898.2013.11889683
Groth, R. E. (2016). An exploration of students’ statistical thinking. Teaching Statistics, 28(1), 17-21. doi: 10.1111/j.1467-9639.2006.00003.x
Groth, R. E. (2007). Toward a conceptualization of statistical knowledge for teaching. Journal for Research in Mathematics Education, 38(5), 427-437. doi: 10.2307/30034960
Heaton, R. M., & Mickelson, W. (2002). T. The learning and teaching of statistical investigation in teaching and teacher education. Journal of Mathematics Teacher Education, 5(1), 35-59. doi: 10.1023/A:1013886730487
Lopes, C. E. (2013). Educação Estatística no Curso de Licenciatura em Matemática. Bolema - Boletim de Educação Matemática, 27(47), 901–915. doi: 10.1590/S0103-636X2013000400010
Martins, C., Pires, M. V., & Barros, P. M. (2009) Conhecimento estatístico: Um estudo com futuros professores. Actas do EIEM: Números e Estatística. Vila Real. Recuperado de https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/1476/1/Actas%20XIXEIEM-%20Conhecimento%20estat%C3%ADstico%20um%20estudo%20com%20futuros%20professores.pdf
Martins, M. E. G., & Ponte, J. P. (2011). Organização e tratamento de dados. Lisboa: DGIDC.
Moore, D. S. (1990). Uncertainty. In L. A. Steen (Ed.), On the shoulders of giants: New approaches to numeracy (pp. 95-137). Washington, DC: National Academy Press.
Moore, D. S., Cobb, G.W. (2000). Statistics and mathematics: Tension and cooperation. American Mathematical Monthly, 107(7). doi 10.2307/2589117
Monsenthal, P., & I. Kirsh. (1998) A new measure for assessing document complexity: The PMOSE/IKIRSCH Document Readability Formula. Journal of Adolescent and Adult Literacy, 41(8), 638 – 657. Recuperado em https://www.jstor.org/stable/40016961
Ponte, J. P. (2011) Preparing teachers to meet the challenges of statistics education. In C. Batanero, G. Burrill & C. Reading (Eds.), Teaching statistics in school mathematics: Challenges for teaching and teacher education (pp. 299-309). NewYork, NY: Springer.
Rodrigues, M. U., & Silva, L. D. (2019). Disciplina de Estatística na matriz curricular dos cursos de licenciatura em Matemática no Brasil. REVEMAT, 14, 1-21. doi: 10.5007/1981-1322.2019.e62829
Smith, M. S. (2001). Practice-based professional development for teachers of mathematics. Reston, VA: NCTM.
Wild, C. J., & Pfannkuch, M. (1999). Statistical thinking in empirical enquiry. International Statistical Review, 67(3), 223-265. Recuperado em https://iase-web.org/documents/intstatreview/99.Wild.Pfannkuch.pdf
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Eletrônica de Educação Matemática

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista).