A complexidade das relações envolvendo a matemática humana, os fenômenos e a matemática numênica: sugestões para abordagens epistemológicas em sala de aula
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2023.e93064Palavras-chave:
Complexidade, Construção x descoberta, Línguas, Matemática, Sala de aulaResumo
As línguas consistem em alicerces compostos por signos, demandando uma massa falante para transformá-las em realidades sociais. Classificam-se em: (i) línguas históricas (idiomas) e (ii) artificiais (referentes, essas últimas, a técnicas específicas, a exemplo da matemática). As línguas, entre elas a matemática, são simplificadoras e reducionistas, mantendo-se em posição inferior à da complexidade dos mundos fenomênico e numênico. A investigação descrita neste texto foi de cariz teórico, com lastro na filosofia da complexidade moriniana. Pressupõe-se que as línguas sejam construções cronológicas a cargo tanto de indivíduos quanto de sociedades. Não se confundindo com os respectivos pensamentos, as línguas, entretanto, caminham pari passu com eles. Sem embargo da citada discriminação, neste artigo, com fins didáticos: (i) chamam-se os signos idiomáticos e as atividades cognitivas atinentes a eles, indistintamente, de línguas; (ii) denominam-se os signos matemáticos e as ações cognitivas concernentes a eles, indiferentemente, de matemática. A hipótese cuja coerência procurou-se mostrar nesta comunicação científica é a de que a matemática (como estrutura simbólica e como pensamento técnico) é elaborada ao longo do tempo com vistas à consecução de entendimentos, de explicações e de consensos cada vez mais acurados sobre (entre outras coisas) fenômenos e númenos. Ou seja: a matemática é humana, e com ela ruma-se em direção à matemática dita numênica. A contribuição pedagógica deste trabalho constituiu-se na fundamentação argumentativa da proposta de que, em aulas de matemática, haja discussões, debates, reflexões e/ou meditações acerca do que é o conhecimento, particularmente o conhecimento matemático, com ênfase, em tais aulas, a ideias apoiadas no sistema filosófico da complexidade.
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