Uma Geometria Como Teoria Da Bolsa De Ficção
O Desamparo Como Possibilidade
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2023.e94397Palavras-chave:
Circuito dos afetos, Descristalizar, Visualidades, Bolsa de ficçãoResumo
Neste ensaio, fabulamos uma geometria como bolsa de ficção. Não se trata de uma busca de explicações e possibilidades de geometrias já institucionalizadas para a formação de professores ou para a sala de aula de matemática. Trata-se de degustar com coisas, estórias de vida, conceitos, ideias, invenções geométricas, quando são colocadas dentro de uma bolsa em um movimento inventivo, em tentativas de operar o desamparo. Percorremos, então, alguns trabalhos que inventam geometrias, utilizamos obras de artes e nos valemos de manchetes como modos de possibilidades e de transfigurações de nosso olhar, nosso corpo. Flertamos também com uma geografia dos mapas, com as quais desestabilizamos colonialidades geométricas. Em meio a um Circuito de Afetos, os dados foram coletados por meio do desamparo frente a educações geométricas e colocados em nossa bolsa de ficção. Entre visualidades, descristalizações e produções de mapas, inventamos (sempre em um rascunho), uma geometria bolseira que se coloca como possibilidade de habitar práticas profissionais de educadores matemáticos, desde a Educação Infantil até os cursos de Pós-Graduação. Assim, uma geometria como bolsa de ficção acontece em uma possibilidade de escolas outras, tendo o desamparo constitutivo de um projeto político.
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