(Im)pertinências na formação indisciplinar de professores
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2024.e97336Palavras-chave:
Filosofia da Diferença, Educação Superior, DecolonialidadeResumo
Esta comunicação apresenta alguns resultados parciais da pesquisa intitulada “A opção decolonial em Educação Matemática: problematizando a formação inicial de professores” é financiada pela chamada de projetos universais CNPq/MCTI/FNDCT nº 18/2021 (2022-2025) orientado pela pergunta: O que pode a opção decolonial nos cursos de formação de professores [que ensinam Matemática]? O objetivo principal que orienta este projeto interinstitucional é tensionar os modos de organização disciplinar do currículo na formação de professores [que ensinam Matemática] a partir da problematização de práticas socioculturais[matemáticas] não hegemônicas. Metodologicamente os movimentos dos pesquisadores são sincrônicos, porém estes problematizam o desencantamento epistêmico aos conceitos modernos e eurocentrados, enraizados nas categorias de conceitos gregos e latinos e nas experiências e subjetividades formadas dessas bases, por diferentes caminhos, seja por meio da terapia desconstrucionista ou a Cartografia. As repostas à pergunta principal do projeto são oriundas das produções dos participantes de um curso de extensão e de disciplinas de pós-graduação ministradas pelas autoras do texto. Os resultados parciais apontam para a potência transgressiva da opção decolonial na formação inicial de professores.
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