As etnoantropologias e a pluralidade dos modos terranos de existir e habitar diferentes espaços
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2024.e97338Palavras-chave:
Antropoceno, Educação Etnomatemática, Seres TerranosResumo
Esse texto foi produzido na perspectiva de responder inquietações ou provocações desencadeadas durante o caminhar do ensino, pesquisa e extensão que temos desenvolvido, no campo da Educação Matemática, nos últimos 10 anos e que, nesta ocasião, pretendemos compartilhar com os leitores da Revista Eletrônica de Educação Matemática – REVEMAT, na edição especial, denominada Antropologias e Educações Matemáticas: diálogos (im)pertinentes. Nossas ideias foram organizadas e expostas de modo a discutir o tema proposto a partir do nosso entendimento sobre as novas antropologias críticas e as educações matemáticas em um diálogo mediado pela Educação Etnomatemática, que discute a sala de aula como espaço das alteridades, concebendo cada aluno como um ente cultural de sua família e seu bairro. Evidenciamos a importância do movimento indígena na busca do conhecimento e apropriação de instrumentos e técnicas de estudos e pesquisas sobre os contextos habitados por eles e por outros povos e argumentamos que a formação e atuação dos pesquisadores indígenas sobre a própria cultura, na relação com as outras, pode se tratar de uma virada ontológica das ciências humanas, quando provavelmente farão importantes atualizações ou revisões sobre o que foi descrito até a atualidade a respeito do mundo produzido e habitado por eles. Finalizamos defendendo a possibilidade de serem eles, povos terranos ameríndios a nos ensinar e inspirar sobre seus modos de existir e habitar o planeta em verdadeira simbiose com os demais seres vivos e espirituais, como forma de mitigação dos efeitos do Antropoceno.
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