A possibilidade da constituição do ser matemático no agir comunicativo
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2020.e71039Resumo
Na forma de uma reflexão filosófica, nosso objetivo, neste artigo, é fazer um comparativo entre duas situações hipotéticas de uma aula de matemática, diante de um suposto problema de matemática proposto aos alunos. A primeira situação hipotética é a mais corriqueira e muito difundida entre nós; ela apresenta traços de uma aula tradicional, em que as soluções são dadas, predominantemente, pelo professor, o qual talvez desconsidere o trabalho matemático da maioria dos alunos. Uma herança de um modelo pedagógico que predominou no ensino da matemática durante muito tempo e que ainda assim apresenta alguns de seus traços. A segunda situação hipotética representa uma outra possibilidade, uma aula centrada no agir comunicativo onde os alunos interagem uns com os outros e, cooperativamente, buscam uma solução para um problema; situação oposta à primeira, em que os atos de fala não são mais predominantemente os do professor, passando a serem considerados todos os atores no entorno da comunicação; Portanto, um encontro distinto do tradicional em que os alunos adquirem a possibilidade de se constituírem em um ser matemático, uns para os outros, alunos para outros alunos, alunos para o seu professor. As duas situações comparadas neste texto, embora de maneira hipotética, idealizada, exemplificativa, refletem distintas representações de nosso fazer pedagógico e permitem uma reflexão sobre nossas relações interpessoais estabelecidas. Estamos de acordo com a segunda situação, pois entendemos que a constituição do ser matemático adquire grande possibilidade se aproximada do agir comunicativo.Referências
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