Estatística descritiva e botânica no novo ensino médio: uma abordagem interdisciplinar e construtivista
DOI:
https://doi.org/10.5007/1981-1322.2025.e100699Palavras-chave:
Interdisciplinaridade, Construtivismo, Estatística, BiologiaResumo
Este artigo tem como objetivo analisar as contribuições do ensino de Botânica e Estatística Descritiva em uma prática de ensino na perspectiva construtivista e de abordagem interdisciplinar com alunos da segunda série do ensino médio para o processo de ensino e de aprendizagem. A pesquisa foi conduzida em uma escola do campo em São João do Triunfo, PR, e consistiu em cinco etapas. A revisão teórica explorou a conexão entre Estatística e Biologia sob a perspectiva construtivista. A implementação prática envolveu o desenvolvimento de uma sequência de ensino alinhada aos novos padrões curriculares do Ensino Médio, integrando conceitos estatísticos e botânicos. Os alunos da segunda série foram envolvidos em atividades práticas, incluindo a coleta e análise de 120 folhas de Prunus doméstica, bem como a elaboração de exsicatas foliares para análise morfológica. Por meio de Análise Textual Discursiva, foram identificadas dificuldades conceituais dos alunos. Conclui-se que uma aula embasada nas premissas construtivistas e interdisciplinar pronome o engajamento ativo e participativo dos estudantes, conferindo-lhes maior interesse e dinamismo nos processos educacionais.
Referências
Azevedo, ABG de. (2009). O desenvolvimento do cálculo matemático na aprendizagem de funções: Uma experiência com alunos do ensino secundário (Tese de Doutorado).
Batanero, C. (Ed.). (2001). Formação de investigadores na utilização de estatísticas. Associação Internacional para Educação Estatística e Instituto Internacional de Estatística.
Bogdan, R. e Biklen, SK (1994). Investigação qualitativa em educação: Uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.
Brasil, Ministério da Educação. (2017). Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC.
Brasil, Ministério da Educação. (2018). Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Educação Básica. Brasília: MEC.
Campos, CR (2007). A Educação Estatística: uma investigação sobre os aspectos relevantes à didática da estatística em cursos de graduação . Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP-Rio Claro.
Carvalho, AMP de, & Gil-Pérez, D. (2011). Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez.
Castelo Branco, AL, Viana, IB, & Rigolon, RG (2011). A utilização do jogo 'Perfil Botânico' como estratégia para o Ensino de Botânica. In VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação e Ciências e I Congresso Iberoamericano de Investigación en Enseñanza de las Ciencias , Campinas, 2011.
Fazenda, ICA (2011). Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro (6ª ed.). São Paulo: Edições Loyola.
Fazenda, ICA (2014). Interdisciplinaridade: Um projeto em parceria (7ª ed.). São Paulo: Edições Loyola.
Ferreira, MNA, Xavier, AR, Andrade, WM, & Santos, MJC (2022). Interdisciplinaridade e processos de ensino e aprendizagem: experiências formativas de docentes que lecionam matemática. Concílio , 22(1), 328-340.
Freitas, ELA (2004). Pedagogia da Conscientização – Um legado de Paulo Freire à formação de professores . PUC/RS – Porto Alegre – RS.
Gal, I. (2000). Desenvolvimento de numeramento de adultos: teoria, pesquisa, prática . Cresskill, NJ: Hampton Press.
Gomes, MV (2024). Letramento Estatístico na Perspectiva da Interdisciplinaridade (Dissertação de Mestrado). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Fortaleza.
Jacobini, OR e Wodewotzki, MLL (2006). Uma Reflexão sobre a Modelagem Matemática no Contexto da Educação Matemática Crítica. Bolema - Boletim de Educação Matemática , 19(25).
Lago, WLA, Araújo, JM, & Silva, LB (2015). Interdisciplinaridade e ensino de ciências: perspectivas e aspirações atuais do ensino. Saberes , 1(11), 52-63.
Lazaroto, AA e Reisdoefer, DN (2022). Um mapeamento teórico de relatos de experiências que abordaram a investigação matemática. Contraponto: Discussões científicas e pedagógicas em Ciências, Matemática e Educação , 3(3), 40-53.
Lopes, AC (2004). Políticas curriculares: continuidade ou mudança de rumos? Revista Brasileira de Educação , 26, 109-183.
Moreira, MA e Buchweitz, B. (1993). Novas estratégias de ensino e aprendizagem: os mapas conceituais e o Vê epistemológico . Lisboa: Plátano Edições Técnicas.
Oliveira, V. (2019). Uma visão interdisciplinar entre a biologia e a matemática e seus aspectos metodológicos e pedagógicos do ensino na sala de aula. Nos Anais VI CONEDU . Campina Grande: Realize Editora.
Paraná, Secretaria de Estado da Educação. (2023). Cadernos de Itinerários Formativos: educação do campo - escolas do campo . Curitiba: SEMENTE. Disponível em: https://professor.escoladigital.pr.gov.br/sites/professores/arquivos_restritos/files/documento/2023-02/nem_caderno_campo1.pdf . Acesso em: 1 fev. 2023.
Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Diretoria de Educação – DEDUC. (2023). Orientação n.º 012/2023 – DEDUC/SEED: Orienta sobre os encaminhamentos pedagógicos para as Trilhas de Aprendizagem a serem aplicadas nas instituições de ensino do Campo em 2024, à exceção das instituições de ensino de Assentamento, Itinerantes e das Ilhas . Curitiba, PR. Disponível em: https://www.documentador.pr.gov.br/documentador/pub.do?action=d&uuid=@gtf-escriba-seed@00482998-c64c-4927-8046-d8c08baecc43&emPg=true . Acesso em: 01 maio de 2024.
Piaget, J. (1951). A origem da ideia do acaso na criança (AM Coelho, Trad.). Rio de Janeiro: Editora Record.
Piaget, J. (1975a). Aprendizagem e conhecimento . Rio de Janeiro: Freitas Bastos.
Piaget, J. (1975b). O desenvolvimento do pensamento. Equilibração das estruturas cognitivas (A. Figueiredo, Trad.). Lisboa: Publicações Dom Quixote.
Piaget, J. (1983). A epistemologia Genética/Sabedoria e ilusões da filosofia: problemas de psicologia genética (NC Caixeiro, ZA Daeir, & CEA Di Piero, Trads.) (2ª ed.). São Paulo: Ed. Abril Cultural.
Piaget, J. (1996). A construção do real na criança (RA Vasques, Trad.) (3ª ed.). São Paulo: Ed. Ática.
Piaget, J. (1973). Psicologia e epistemologia: por uma teoria do conhecimento (A. Cretella, Trad.). Rio de Janeiro: Forense. (Obra original publicada em 1970).
Pozo, JI (1994). Teorias cognitivas da aprendizagem (3ª ed.). Madri: Morata.
Rohr, TCS (2014). Práticas Interdisciplinares no Ensino da Matemática. Fórum Internacional de Pedagogia . Santa Maria/RS – Brasil.
Roso, CC, Dalmolin, AMT e Auler, D. (2011). Práticas educativas balizadas por Freire e CTS. In VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 2011, Campina . Anais... Rio de Janeiro: ABRAPEC. Disponível em: http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R0060-1.pdf . Acesso em: 05 nov. 2023.
Salatino, A. e Buckeridge, M. (2016). Mas de que você serve saber botânica? Estudos avançados , 30(87), 177-196.
Sampaio, CF e Silva, AG (2012). Uma Introdução à Biomatemática: A importância da Transdisciplinaridade entre Biologia e Matemática. In IV Colóquio Internacional “Educação e Contemporaneidade” , Sergipe. Anais... Sergipe: UFSE.
Wandersee, JH e Schussler, EE (2002). Rumo a uma teoria da cegueira das plantas. Boletim de Ciência Vegetal , 47, 2-9.
Wodewotzki, MLL e Jacobini, OR (2004). O Ensino de Estatística no Contexto da Educação Matemática. In MAV Bicudo & M. de C. Borba (Orgs.), Educação Matemática: Pesquisa em Movimento (pp. 232-249). São Paulo: Editora Cortez.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Fabiola Martins Stavny, Caroline Bacil, Elaine Ferreira Machado, Guataçara dos Santos Junior, Awdry Feisser Miquelin, Cristiane de Fatima Budek Dias, Danislei Bertoni
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista).
