O Castigo Abstrato e o Castigo Concreto: eficácia da estrutura da crueldade institucional pela ausência do direito

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/2177-7055.2019v40n81p202

Resumen

Este artigo analisa a função da pena privativa de liberdade e o seu real cumprimento no cárcere contemporâneo brasileiro. A metodologia utilizada neste trabalho baseia-se na análise qualitativa, empregando-se o método hipotético-dedutivo e dialético de análise histórico-lógica por meio de fontes documentais primárias e da revisão de literatura brasileira. Desse modo, os autores demonstram como a ausência do Direito pode gerar um sistema cruel que potencializa a punição dos cidadãos encarcerados, eis que, ao que tudo indica, o cárcere não se apresenta na atualidade como um instrumento social mais adequado para a recuperação da autoconsciência do transgressor.

Biografía del autor/a

Vanessa Alexsandra de Melo Pedroso, Universidade Católica de Pernambuco

Pós-doutora em Ciências Sociais pela rede: PUC-São Paulo (BR) e Conselho Latino Americano de Ciências Sociais (CLACSO).

Doutora em Direito Penal pela Universidad Complutense de Madrid (España).

Professora de Direito Penal na graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) da Universidade Católica de Pernambuco.

Líder do grupo de pesquisa EELAS – Estudos Latino Americanos em Direitos Humanos (Plataforma Lattes). 

Carlos Jair de Oliveira Jardim, Universidade Católica de Pernambuco

Mestre em Direito, Processo e Cidadania pela Universidade Católica de Pernambuco.

Professor de Direito Empresarial e Constitucional da Universidade Católica de Pernambuco.

Atua como Servidor Público Federal do Tribunal Federal da 5ª Região desde 1989.

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Publicado

2019-06-12

Cómo citar

DE MELO PEDROSO, Vanessa Alexsandra; DE OLIVEIRA JARDIM, Carlos Jair. O Castigo Abstrato e o Castigo Concreto: eficácia da estrutura da crueldade institucional pela ausência do direito. Revista Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos, Florianópolis, v. 40, n. 81, p. 202–225, 2019. DOI: 10.5007/2177-7055.2019v40n81p202. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/2177-7055.2019v40n81p202. Acesso em: 26 nov. 2024.

Número

Sección

Artigos