Densidade de informação, complexidade fonológica e suas implicações para a organização de glossários de termos técnicos da língua de sinais brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2013v2n32p141Resumo
Nesse artigo apresentam-se resultados parciais obtidos na análise de unidades terminológicas em Libras. A investigação foi motivada pela necessidade de ordenação dos sinais apresentados no Glossário do Curso Letras-Libras segundo os aspectos visuais da língua de sinais. Procurando atender às especificidades visuais-espaciais da Libras, a proposta inicial consistiu em ordenar o banco de dados segundo os parâmetros Configuração de Mão e Localização do Sinal. A complexidade dessa tarefa de ordenação evidenciou a necessidade de mapear a estrutura fonológica e morfológica das unidades lexicais que constituem o Glossário a fim de identificar quais seriam os filtros de busca mais eficazes a serem utilizados no software – com relação aos níveis e subníveis – para ordenação do sistema. A análise proposta mostrou vários aspectos que necessitam de aprofundamento principalmente com relação à definição de filtros de busca que atendam ao consulente surdo. No presente texto serão apresentados resultados parciais da análise destacando-se o mapeamento dos locais de realização do sinal mais recorrentes, bem como a análise do aspecto ‘movimento’ nas unidades terminológicas, além de resultados obtidos pela análise comparativa entre os dados do Glossário Letras-Libras e dados de língua geral. De acordo com a esperada densidade informacional mais elevada da linguagem técnica (cf. Koch & Oesterreicher, 1994), e pela iconicidade funcional postulada por Givón (1995), os termos técnicos em Libras pela sua maior complexidade de conteúdo mostraram uma maior complexidade fonológica pela sua composição (predominância de sinais bimanuais) e realização (todos com movimento) fazendo com que esses critérios não sejam adequados como filtros de refinamento de busca ou categorias de ordenação de um glossário.
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