Tradução canônica
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2018v38n3p34Resumo
A discussão sobre o status do texto literário traduzido e a posição do tradutor são uma constante na área dos Estudos da Tradução. Temas sensíveis como autoria, autoria do texto traduzido e a posição do texto traduzido no sistema literário de acolhida recebem muita atenção por parte dos pesquisadores, bem como discussões sobre o cânone literário e o cânone de literatura traduzida. Um tópico menos evidente é a existência de traduções canônicas que são consideradas «definitivas» no sistema literário de acolhida ou como modelo para traduções ulteriores. Neste artigo, pretendo demonstrar que o fenômeno que denomino tradução canônica
não é um fenômeno isolado e tampouco está restrito a sistemas literários periféricos.
Referências
ALTIERI, Charles. Canons and Consequences: Reflections on the Ethical Force of Imaginative Ideals. Evanston: Northwestern University Press, 1991.
ADORNO, Theodor. “O ensaio como forma” In Notas de Literatura I. Tradução de Jorge M. B. de Almeida. São Paulo: Duas Cidades, 2003.
BENJAMIN, Walter. “A tarefa-renúncia do tradutor”. Tradução de Susana Kampff Lages. In Clássicos da teoria da tradução, vol.1: antologia bilíngüe alemão-português. Florianópolis: UFSC, 2001, pp. 188-215.
BERMAN, Antoine. A prova do estrangeiro. Tradução de Maria Emília Pereira Chanut. Bauru: Edusc, 2002.
BERMAN, Antoine. A tradução e a letra ou o albergue do longínquo. Tradução de Marie-Hélène Torres, Mauri Furlan, Andréia Guerini. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007.
BLOOM, Harold. The Western Canon. Nova York: Harcourt Brace, 1994.
BORGES, Jorge Luis. “Las versiones homéricas” In Obras Completas, volume I. Barcelona: Emecé, 1999.
COMPAGNON, Antoine. Le Démon de la théorie: littérature et sens commun. Paris: Éditions du Seuil, 1998.
GENETTE, Gérard. Palimpsestes. Paris: Seuil, 1982.
GENETTE, Gérard. « Introduction à l’architexte. » In GENETTE, Gérard et alii. Théorie des genres. Paris : Seuil, 1986, pp. 89-159.
GENETTE, Gérard. Seuils. Paris: Seuil, 1987.
GILLESPIE, Stuart. “Translation and Canon-Formation” In GILLESPIE, Stuart; HOPKINS, David (ed.) The Oxford History of Literary Translation in English. Volume 3: 1660-1790. Oxford: Oxford University Press, 2005.
HEGEL, G.W.F. Cursos de estética. Volume I. Tradução de Marco Aurélio Werle. São Paulo: Edusp, 2001.
KERMODE, Frank. Pleasure and Change. The aesthetics of Canon. Oxford: Oxford University Press, 2004.
LEFEVERE, André. “Why waste Our Time on Rewrites: The Trouble with Interpretation and the Role of Rewriting in an Alternative Paradigm”. In WEISSBORT, Daniel; EYSTEINSSON, Astradur (eds.). Translation – Theory and Practice. A Historical Reader. Oxford: Oxford University Press, 2006, pp. 435-442.
NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia. Tradução de Jacó Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
RICOEUR, Paul. Sur la Traduction. Paris: Bayard, 2004.
TOURY, Gideon. Descriptive Translation Studies and beyond. Amsterdam: John Benjamins, 1995.
UNESCO. Convention universelle sur le droit de l’auteur avec Déclaration annexe relative à l’article XVII et Résolution concernant l’article XI 1952. Disponível em :http://portal.unesco.org/fr/ev.php-URL_ID=15381&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html
VENUTI, Lawrence. The Scandals of Translation. Towards an Ethics of Difference. Londres: Routledge, 1998.
WAISMAN, Sergio. Borges y la traducción. Tradução de Marcelo Cohen. Buenos Aires: Adriana Hidalgo Editora, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista).

















































