Tradução de teatro para Línguas de Sinais: ensaio sobre corpo e (in)visibilidade
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2020v40n1p72Resumo
A discussão proposta neste artigo parte de uma inquietação, a de que uma parte da população, a comunidade surda, não tem acesso (ou pouco possui, mas sem vinculação as preocupações estéticas) ao teatro produzido pela comunidade majoritária, os ouvintes. Das diferentes questões envolvidas nessa situação, propomos discutir a da (in)visibilidade da tradução e a do corpo visível porque presente (ou presente porque visível) do tradutor intérprete de LS em cena (ou à margem). Essas questões, claro, se relacionam porque se implicam, mas elas nos permitem um olhar particular sobre um tema caro aos estudos da tradução, a saber a da (in)visibilidade do processo tradutório. Assim, busca-se, a partir de uma concepção po-ética do traduzir, uma experiência estética (espetáculo teatral) mais do que somente uma tradução que “comunique a mensagem”. O sentido aqui não é descoberto, mas criado, construído, inventado (dirigido). A tradução de teatro para LS, concebida como ato de linguagem, visual e espacial, deve ser configurada a partir das especificidades do espetáculo teatral. Logo, nosso objetivo é propor um traduzir-interpretar teatro para LS em interlocução com a direção do espetáculo.
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