Como os pintores “traduziram” Hamlet

Autores

  • Thais Flores Nogueira Diniz Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7968.2015v35n1p86

Resumo

Textos literários sempre ofereceram terreno fértil para “traduções” em outros sistemas semióticos. As peças de Shakespeare não são uma exceção já que artistas vêm traduzindo semioticamente suas obras, principalmente para as artes visuais, e predominantemente para a pintura. Utilizando a terminologia de Benton & Butcher para classificar pinturas das peças de Shakespeare, este ensaio, analisa três imagens baseadas em Hamlet. Em seguida descreve o quadro de Daniel Maclise que se refere à “peça dentro da peça”, comparando-o com o de Edward Austin Abbey, com o mesmo tema, para demonstrar que cada obra “traduz”, à sua maneira, a ideia da culpa da personagem Gertrude.

Biografia do Autor

Thais Flores Nogueira Diniz, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação (Licenciatura) em Português e Inglês e suas Literaturas, pelo Instituto Metodista Izabela Hendrix  (1976); mestrado em Inglês, pela Universidade Federal de Minas Gerais (1986) e doutorado em Literatura  Comparada, pela Universidade Federal de Minas  Gerais/University of Indiana at Bloomington (1994). Fez seu pós-doutorado na Queen Mary College, University of  London (2004). Atualmente é professora associada,  aposentada, pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, onde atua como  professor colaborador no Programa de pós-graduação em Estudos literários. Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. E-mail: tfndiniz@terra.com.br

Referências

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Publicado

02-04-2015

Como Citar

Nogueira Diniz, T. F. (2015). Como os pintores “traduziram” Hamlet. Cadernos De Tradução, 35(1), 86–99. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2015v35n1p86

Edição

Seção

Artigos