Por que e como escrever histórias da tradução?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7968.2021.e75706

Resumo

Tradução para o português brasileiro do artigo “Why and How to Write Translation Histories?”, de Lieven D’Hulst, publicado originalmente em inglês na edição especial da Revista Crop (v. 6, São Paulo, 2001) dedicada à história da tradução no Brasil. Retomando o hexâmetro mnemônico utilizado pela retórica clássica para abordar a oratória - quem (quis); o que (quid); onde (ubi); por quais meios (quibus auxiliis), por que (cur); como (quomodo); quando (quando) - e aplicando-o especificamente à história e à historiografia da tradução, D’Hulst aponta o que pode/deveria ser abordado por essa área dos estudos da tradução. Traduzir este artigo implicou também um trabalho de edição. Sendo o texto de abertura da referida edição especial, o autor faz menção a vários de seus artigos como exemplos de pesquisas realizadas; optamos por transferir tais menções para as notas de rodapé com o objetivo de conferir maior fluidez ao texto no contexto de uma nova publicação.

Biografia do Autor

Lieven D'Hulst, Katholieke Universiteit Leuven

Lieven D’hulst é professor de literatura francófona e estudos da tradução na Katholieke Universiteit Leuven - KU Leuven (Bélgica). É membro do corpo editorial da Target. International Journal of Translation Studies, co-diretor da série “Traductologie” da Artois Presses Université (França) e membro da Academia Europaea (Cambridge). Suas pesquisas atuais incluem as relações entre tradução e transferência, a teoria e a prática da historiografia da tradução e as políticas de tradução europeias do século XIX. Possui diversas publicações sobre literatura francesa e francófona dos séculos XIX e XX, bem como sobre história da tradução.

Helena Lúcia Silveira Barbosa, Universidade de São Paulo

Mestra em Estudos de Tradução pela Universidade de São Paulo (USP), bacharela em Letras-Tradução (habilitação: inglês) pela Universidade de Brasília (UnB) e bacharela em Direito (habilitação: Direito Civil) pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Atualmente, desenvolve pesquisas sobre história da tradução e da interpretação no Brasil, tradução de artes verbais ameríndias e intérpretes indígenas. É tradutora e advogada indigenista.

Maria Teresa Mhereb, Universidade de São Paulo

Mestranda em Estudos da Tradução no Programa de Pós-Graduação em Letras Estrangeiras e Tradução. Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e em Letras (habilitação francês/português) pela Universidade de São Paulo (USP). Suas pesquisas estão voltadas para os seguintes temas: sociologia da tradução, tradução e mulheres, política da tradução e tradução política. É cientista social e tradutora.

Referências

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Publicado

25-05-2021

Como Citar

D’Hulst, L., Barbosa, H. L. S., & Mhereb, M. T. (2021). Por que e como escrever histórias da tradução?. Cadernos De Tradução, 41(2), 479–491. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2021.e75706

Edição

Seção

Artigos traduzidos