Considerações sobre a alcunha atribuída a Paul Feyerabend de “pior inimigo da ciência” e suas implicações para o ensino de ciências

Autores

  • Felipe Damasio Instituto Federal de Santa Catarina - Araranguá
  • Luiz O.Q. Peduzzi Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1982-5153.2017v10n1p329

Resumo

Não são poucos os críticos da epistemologia de Paul Feyerabend. Muitas dessas críticas foram recebidas com surpresa pelo próprio autor, por serem frutos de más interpretações de sua epistemologia feitas por profissionais, o que ele chamou de incompetência profissionalizada. Dentre os críticos de Feyerabend, alguns recorrem a um exemplar da prestigiada revista Nature de 1987 para dar lastro a suas críticas. Em tal exemplar, Feyerabend foi chamado de “pior inimigo da ciência”. Neste trabalho se procurará analisar quais foram os argumentos usados para atribuir tal alcunha a Feyerabend, algumas repercussões e se os argumentos usados pelos autores do artigo da revista Nature correspondem à epistemologia de Feyerabend ou se configuram no que ele chamou de incompetência profissionalizada. Algumas implicações desta discussão para o ensino de ciências também são vislumbradas.

Biografia do Autor

Felipe Damasio, Instituto Federal de Santa Catarina - Araranguá

Graduado em Licenciatura em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002), Mestrado em Ensino de Física pela UFRGS (2007) e doutorando em Educação Científica e Tecnológica (UFSC). Professor no Instituto Federal de Santa Catarina desde 2008. 

Luiz O.Q. Peduzzi, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Bacharelado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1973), mestrado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1980) e doutorado em Ensino de Ciências Naturais e Matemática pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998). É professor do Departamento de Física da UFSC desde 1976. No Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica da UFSC, orienta, atualmente, pesquisas voltadas à investigação do potencial didático, cultural e epistemológico da história da ciência para o ensino da física. Editor do periódico Caderno Brasileiro de Ensino de Física desde a sua fundação em 1984 até dezembro de 2014.

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Publicado

2017-05-30

Edição

Seção

Artigos