Medicamentos estimulantes: uso e explicações em casos de crianças desatentas e hiperativas
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Resumo
Nosso objetivo é discutir o papel que o tratamento com estimulantes, especialmente o metilfenidato (Ritalina®), desempenha na manutenção das explicações reducionistas no caso do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Foram analisados artigos de duas revistas científicas americanas (The American Journal of Psychiatry e Pediatrics), a partir de 1950, de acordo com palavras-chave e descritores pré-estabelecidos. Apresentamos uma descrição do metilfenidato atualmente, seus usos, mecanismos e efeitos adversos. Procuramos entender de que forma esse discurso se configurou ao longo do tempo e se estabeleceu definitivamente, e discutir como o uso de medicamentos estimulantes possibilita a existência e manutenção de um discurso biológico reducionista em torno do TDAH. A resposta positiva ao tratamento medicamentoso foi o principal argumento dos autores que aceitaram a hipótese biológica para o TDAH. E esse discurso continua aparecendo nos artigos atuais. Isso significa que, não conseguindo provar as hipóteses biológicas levantadas, o medicamento é utilizado até hoje para sustentá-las.
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Como Citar
BRZOZOWSKI, Fabiola Stolf; CAPONI, Sandra. Medicamentos estimulantes: uso e explicações em casos de crianças desatentas e hiperativas. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental/Brazilian Journal of Mental Health, [S. l.], v. 7, n. 15, p. 1–23, 2015. DOI: 10.5007/cbsm.v7i15.69013. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/cbsm/article/view/69013. Acesso em: 18 fev. 2025.
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Artigos originais
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