Trafegar entre territórios e secundaristas: Educação Física, política e ocupação
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8042.2018v30n54p326Resumo
O propósito desse trabalho é trazer à tona uma discussão a respeito das ocupações em escolas que têm acontecido no Brasil nos últimos anos. Sua relação com o Ensino Médio é por conta de um protagonismo esboçado em tais ocupações e que ganha visibilidades e dizibilidades. A palavra secundarista é aqui convocada como uma espécie de chamamento e de conexão entre política e Educação Física. Política aqui entendida como ocupação dos sentidos, distribuição do sensível e de um comum. Cria-se, pois, uma política menor de educação com intuito de deslocar o que olhar e dizer com as ocupações. Ela não está pautada num fim, numa (re)solução, mas em problematizar intoleráveis. A potência da Educação Física, nesse sentido, pode estar em se valer da premissa de que cuida do corpo e passar a se responsabilizar por tal afirmação, ao escolher os afetos como aquilo a que é preciso estar atenta.
Referências
DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Trad. Luiz B. L. Orlandi e Roberto Machado. Lisboa: Relógio d'Água, 2000.
______. Espinosa: filosofia prática. Trad. Daniel Lins e Fabien Pascal Lins. São Paulo: Escuta, 2002.
______. O método de dramatização. In: DELEUZE, Gilles. A ilha deserta: e outros textos – textos e entrevistas (1953-1974). Edição preparada por David Lapoujade. Organização da edição brasileira e revisão técnica de Luiz B. L. Orlandi. São Paulo: Iluminuras, 2006. p. 129-154.
______. Proust e os signos. Trad. Antonio Piquet e Roberto Machado. - 2. ed. - Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.
______; GUATTARI, Félix. Maio de 68 não ocorreu. In: DELEUZE, Gilles. Dois regimes de loucos – textos e entrevistas (1975-1995). Edição preparada por David Lapoujade. Trad. Guilherme Ivo. Revisão técnica: Luiz B. L. Orlandi. São Paulo: Ed. 34, 2016. p. 215-219.
LACOMBE, Milly. O que podemos aprender com as ocupações das escolas de São Paulo. Revista Galileu. 5 de maio de 2016. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/
noticia/2016/05/o-que-podemos-aprender-com-ocupacoes-nas-escolas-de-sao-paulo.html>. Acesso em 24 de março de 2017.
OLIVEIRA JÚNIOR, Wenceslao Machado. Uma manhã (des)ocupada. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 19, p. 1-8, mar. 2017. Disponível em: <http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8648457>. Acesso em 24 de março de 2017.
PELBART, Peter Pál. Carta aberta aos secundaristas. Disponível em:
.net/brasil/pelbart-tudo-o-que-muda-com-os-secundaristas/>. Acesso em 13 de maio de 2016.
RANCIÈRE, Jacques. Políticas da escrita. Trad. Raquel Ramalhete. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995.
ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina; Editora da UFRGS, 2007.
TAVARES, Gonçalo M. Matteo perdeu o emprego. Rio de Janeiro: Foz, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores dos textos enviados à Motrivivência deverão garantir, em formulário próprio no processo de submissão:
a) serem os únicos titulares dos direitos autorais dos artigos,
b) que não está sendo avaliado por outro(s) periódico(s),
c) e que, caso aprovado, transferem para a revista tais direitos, sem reservas, para publicação no formato on line.
Obs.: para os textos publicados, a revista Motrivivência adota a licença Creative Commons “Atribuição - Não Comercial - Compartilhar Igual 4.0 Internacional” (CC BY-NC-SA).