Trafegar entre territórios e secundaristas: Educação Física, política e ocupação

Autores

  • Vivian Marina Redi Pontin Labjor-Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2018v30n54p326

Resumo

O propósito desse trabalho é trazer à tona uma discussão a respeito das ocupações em escolas que têm acontecido no Brasil nos últimos anos. Sua relação com o Ensino Médio é por conta de um protagonismo esboçado em tais ocupações e que ganha visibilidades e dizibilidades. A palavra secundarista é aqui convocada como uma espécie de chamamento e de conexão entre política e Educação Física. Política aqui entendida como ocupação dos sentidos, distribuição do sensível e de um comum. Cria-se, pois, uma política menor de educação com intuito de deslocar o que olhar e dizer com as ocupações. Ela não está pautada num fim, numa (re)solução, mas em problematizar intoleráveis. A potência da Educação Física, nesse sentido, pode estar em se valer da premissa de que cuida do corpo e passar a se responsabilizar por tal afirmação, ao escolher os afetos como aquilo a que é preciso estar atenta.

Biografia do Autor

Vivian Marina Redi Pontin, Labjor-Unicamp

Doutora em Ciências Sociais pelo IFCH-Unicamp. Pesquisadora colaboradora do Labjor-Unicamp. Campinas – SP, Brasil. E-mail: vivian_marina@yahoo.com.br

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Publicado

2018-07-27

Como Citar

Pontin, V. M. R. (2018). Trafegar entre territórios e secundaristas: Educação Física, política e ocupação. Motrivivência, 30(54), 326–341. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2018v30n54p326