Estigma em mulheres participantes de um grupo de práticas corporais/atividade física de um bairro pobre
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8042.2022.e83541Resumo
Objetivou-se analisar a percepção quanto ao estigma sofrido por mulheres de um bairro do Programa Minha Casa Minha Vida, destinado a pessoas de baixa renda, participantes de um grupo de Práticas Corporais/Atividade Física (PCAF) oferecido por uma Unidade Básica de Saúde de Londrina-PR, bem como a importância percebida em relação à participação neste grupo. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, com 25 mulheres. Foram definidas duas categorias de análise: “estigma e discriminação” e “mudanças percebidas na vida após participação no grupo”. As participantes relataram experiências em que sofreram estigmas e que a participação no grupo foi benéfica, tanto em relação à aspectos físicos, quanto em relação ao desenvolvimento do sentimento de pertencimento ao bairro. Conclui-se que o grupo de PCAF foi importante para o enfrentamento do sofrimento relacionado às experiências de estigma, problema este que precisa ser enfrentado de maneira ampla e articulada.
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