Planejamento de ensino na educação infantil: percepções de professores de Educação Física escolar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e75850

Resumo

Este estudo discute como professores de Educação Física escolar compreendem e elaboram o planejamento de ensino na Educação Infantil. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada com cinco professores de Educação Física, diplomados pela mesma instituição de ensino superior, que atuam na Educação Infantil da rede pública de um município da Região do Vale do Taquari/RS. As informações foram coletadas por meio de entrevistas semiestruturadas, cuja análise de conteúdo originou dois pontos de discussão: (i) planejamento de ensino: das dúvidas à desvalorização do plano de trabalho e (ii) planos de aulas: da busca por atividades às críticas sobre o Ensino Superior. Em conclusão, os professores percebem o planejamento de ensino como documento de fins burocráticos, cuja elaboração é marcada pela escolha de objetivos e seleção de atividades práticas e brincadeiras prontas. Nesse caso, desconsiderando o caráter político e utópico do planejamento e reduzindo o curso de graduação a uma formação técnico-instrumental.

Biografia do Autor

Joana Diedrich, Universidade do Vale do Taquari

Licenciada de Educação Física

Samuel Nascimento de Araújo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestre em Ciências do Movimento Humano pela UFRGS. Professor de Educação Física da Prefeitura Municipal de Guarani das Missões, professor de Educação Física do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e professor/treinador da Associação Guaraniense Pró Esporte e Cultura.

Leandro Oliveira Rocha, Universidade do Vale do Taquari

Doutor em Ciências do Movimento Humano pela UFRGS (2019). Professor de Graduação em Educação Física da Universidade do Vale do Taquari e professor de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Teutônia/RS.

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Publicado

2020-11-16

Como Citar

Diedrich, J., Araújo, S. N. de, & Rocha, L. O. (2020). Planejamento de ensino na educação infantil: percepções de professores de Educação Física escolar. Motrivivência, 32(63), 1–21. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020e75850

Edição

Seção

Artigos Originais