Em que a trajetória do senhor Manoel Inácio Marques Neto pode contribuir à compreensão da formação do proletariado brasileiro? (Rio Grande do Sul, década de 50 do século XX)
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-9222.2016v8n16p11Resumo
O presente artigo tem como objetivo estabelecer um diálogo entre a historiografia que aproximou as lutas anti-escravistas das lutas operárias na Primeira República e aquela que investigou os destinos de antigos escravos e familiares após transcorrido o fim da escravidão. Ambas vertentes datam da década de 2000. Por meio de casos exemplares relativos ao estado brasileiro do Rio Grande do Sul e verificados por meio de fontes escritas e orais, sobretudo o do camponês negro e, mais tarde, trabalhador urbano Manoel Inácio Marques Neto, o artigo discute as expectativas das famílias negras em relação à liberdade; a variedade temporal e geracional da inserção do negro no mercado de trabalho, relacionando-a às suas éticas laborais; e os efeitos do racismo no recrutamento da mão-de-obra. O objetivo deste apanhado é relativizar algumas conclusões da historiografia do trabalho acerca da formação da classe operária brasileira.
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