Trabalho escravo e trabalho livre: os libertos ocupados nos serviços domésticos no Recife oitocentista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-9222.2018v10n20p145

Resumo

Este estudo evidencia as relações sociais e de trabalho entre os forros engajados nos serviços domésticos, seus ex-proprietários e os demais trabalhadores das famílias recifenses oitocentistas. Essas relações sofreram influências das diferentes conjunturas advindas da política emancipacionista do Estado imperial e da crise do escravismo na segunda metade do século XIX. Fundamentadas no paternalismo, elas produziam libertos dependentes e continuavam a exploração e o controle, tradicionalmente ligados ao trabalho escravo, sobre os mesmos. Por outro lado, essas relações não eram apenas ditadas pelo paternalismo e pela
domesticidade. Criadas e amas, em especial as forras e livres, conseguiam gozar de mais e menos autonomia e inseriam-se na lógica contratual do trabalho, inclusive demandando judicialmente o pagamento de salários não pagos.

Biografia do Autor

Tatiana Silva de Lima, Universidade Federal do Ceará

Doutoranda em História Social pelo Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Ceará, fazendo parte da linha de pesquisa Trabalho e migração. Professora Assistente no curso de História da Universidade de Pernambuco - Campus Petrolina.

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Publicado

2019-09-20

Como Citar

LIMA, Tatiana Silva de. Trabalho escravo e trabalho livre: os libertos ocupados nos serviços domésticos no Recife oitocentista. Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 10, n. 20, p. 145–166, 2019. DOI: 10.5007/1984-9222.2018v10n20p145. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/article/view/1984-9222.2018v10n20p145. Acesso em: 21 nov. 2024.