Didática e filosofia da história no século XXI: novos desafios para pensar o ensino de história
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2025.e105053Palavras-chave:
Filosofia da história contemporânea, Ensino de história, Análise da prática docenteResumo
Dando sequência a outro artigo publicado anteriormente, que se concentrou no desenvolvimento da filosofia da história do século XX, este texto centra-se nas possíveis relações entre a análise da prática do ensino da história e o desenvolvimento da filosofia da história do século XXI. Ele abordará, sucessivamente, questões relacionadas com as possibilidades da historiografia para representar o passado, as novas formas de focar o tempo histórico, não necessariamente linear, implicando para alguns autores a presença, real ou fantasmagórica, do passado no presente. O artigo valoriza, especialmente, as possibilidades dessas abordagens para o campo de análise da prática do ensino de história. Por outro lado, aborda os modos como essas possibilidades nem sempre são compatíveis com a experiência de sala de aula, tanto na forma de focar nos aspectos discursivos que atravessam o trabalho de ensinar –e aprender– história, como na problematização de temporalidades que jogam entre presença e ausência, do passado no presente, do presente na visão do passado e suas possíveis projeções para o futuro.
Referências
ANKERSMIT, Frank. Historical representation. History and Theory, v. 27, n. 3, p. 205-228, 1988.
ANKERSMIT, Frank. Narrative logic. A semanticanalysis of the historian’s language. The Hague/ Boston/ London: Martinus Nijhoff Publishers, 1983.
AUGÉ, Marc. Los no lugares. Espacios del anonimato. Una antropología de la sobremodernidad. Barcelona: Gedisa. 2000.
BARTHES, Roland. Introducción al análisis estructural de los relatos. In NICCOLINI Silvia (Org.), El análisis estructural. Buenos Aires, Centro Editor de América Latina, 1977, p. 65-101.
BARTHES, Roland. Palimpsestos. La literatura en segundo grado. Madrid: Taurus, 1989.
BEVERNAGE, Berber y LORENZ, Chis. Breaking up time. Negotiating the borders between present, past and future. Storia della Storiografia v. 63, n. 1, p. 32-50, 2013. (Reimpreso en: BEVERNAGE, Berber y LORENZ, Chis (Org). Breaking up time. Negotiating the borders between present, past and future (pp.7-35). Göttingen,Vanderhoeck & Ruprecht, 2013).
CHAKRABARTY, Dipesh. Al margen de Europa. Pensamiento poscolonial y diferencia histórica. Madrid: Tusquets, 2008.
CUESTA, Raimundo. Clío en las aulas. Madrid: Akal, 1998.
DANTO, Arthur. Historia y narración: Ensayos de filosofía analítica de la historia. Barcelona: Paidós,1989.
De CERTEAU, Michel. La escritura de la historia. México: Universidad Iberoamericana, 1993.
De CERTEAU, Michel. La faiblesse de croire. Paris: Seuil, 1987.
DOMANSKA, Ewa. The material presence of the past. History and Theory, v. 45, p.337-348, 2006.
GADAMER, Hans-Georg. Verdad y Método II. Salamanca: Sígueme,1988.
GADAMER, Hans-Georg.Verdad y Método. Fundamentos de una hermenéutica filosófica. Salamanca: Sígueme, 1977.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Presence achieved in language (with special attention given to the presence of thepast) History and Theory, v.45, p.317-327, 2006.
GUMBRECHT. Hans Ulrich. Producción de presencia. Lo que el significado no puede transmitir. México: Universidad Iberoamericana, 2005.
HARTOG, François. Croire en l’Histoire. París: Flammarion, 2013.
HARTOG, François. Regímenes de historicidad. Presentismo y experiencias del tiempo. México: Universidad Iberoamericana, 2007.
HARTOG, François. The texture of the present. In: SIMON Zoltan Baldisar y DEILE Lars (Org). Historical Understanding. Past, present and future. London, New York, New Delhi, Sidney, Bloombsbury Academic, 2022.p. 17-24.
KLEINBERG, Ethan, Presence in Absentia, In: RANJAN Ghosh, and KLEINBERG Ethan (Org.). Presence Philosophy, History, and Cultural Theory for the Twenty-First Century. New York; Cornell University Press, 2013, 8-25. (republicado en: KLEIMBERG, Ethan, Haunting History. For a deconstructive approach to the past. Stanford University Press, California, 2017, 54-71).
KLEINBERG, Ethan. Haunting History. Deconstruction and the spirit of revision. History and Theory, v. 46, p. 113-143, 2007. (Republicado en: KLEINBERG, Ethan. Haunting History. For a deconstructive approach to the past. California: Stanford University Press, 2017, p. 13-53).
KOSELLECK, Reinhardt. Estratos del tiempo. Estudios sobre la historia. Barcelona: Paidós, 2001.
KOSELLECK, Reinhardt. Futuro pasado: Para una semántica de los tiempos históricos. Barcelona: Paidós, 1993.
KUUKKANEN, Jouni-Matti. Filosofía posnarrativista de la historiografía. Zaragoza: Institución Fernando el Católico, 2019.
KUUKKANEN, Jouni-Matti. Why we need to move from truth-functionality to performativity in historiography. History and Theory, v. 54, p. 226-243, 2015.
LEE, Peter. Historical imagination. In: DIKINSON A.K., LEE P.J. y ROGERS P.J. (Org). Learning History London: Heinemann Educational Books.1984, p. 85-116.
LORENZ, Chris.Can histories be true? Narrativism, positivism and the metaphorical turn. History and Theory, v. 37, n. 3, p. 309-329, 1998.
PIHLAINEN, Kalle. The work of History. Constructivism and a politics of the past. London: Routledge, 2017.
RICOEUR, Paul. La memoria, la historia, el olvido. Madrid: Trotta, 2003.
RICOEUR, Paul. Sí mismo como otro. Madrid: Siglo XXI, 2006.
ROTH, Paul. The pasts. History and Theory, v. 51, p. 313-339, 2012.
RUNIA, Eelco. Presence, History and Theory, v. 45, n. 1, p. 1-29, 2006a.
RUNIA, Eelco. Spots of time. History and Theory, v. 45, n. 3, p.305-316, 2006b.
SIMON, Zoltan Boldisar y DEILE, Lars. Historical understanding. Present, past and future. London, New York, New Delhi, Sidney: Bloombsbury Academic, 2022.
SIMON, Zoltan Boldisar. Disconnective futures: uncertainty, unfathomability, and the collapse of narrative crisis management. Frontiers of Narrative Studies (FNS). v. 9, n.2, p. 208-231, 2023.
STOCKLEY, David. Empathetic reconstruction in history and history teaching. History and theory, v. 22, n. 4, 50-65, 1983.
TAMM, Marek (Org) Afterlife of events. Perspectives on mnemohistory. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2015.
TAMM, Marek y OLIVIER, Laurent (Org). Rethinking historical time. New approaches to presentism. London, New York, Oxford: Bloomsbury Academic, 2019.
TUTIAUX-GUILLON, Nicole. L’histoire enseignée entre coutume disciplinaire et formation de la conscience historique : l’exemple français. En: TUTIAUX-GUILLON Nicole y NOURRISSON, Didier, Identités, mémoires, conscience historique. PU Saint-Étienne, 2003, p.27-41.
WHITE, Hayden. Metahistoria. La imaginación histórica en la Europa del siglo XIX. México: FCE, 1998.
WHITE, Hayden. The question of narrative in contemporary historical theory. History and theory, v. 23, n. 1, 1-33, 1984.
ZAVALA, Ana, et al… Aulas de história em foco. Ensinar, pesquisar, analisar. Edufba, 2024, p. 235-269.
ZELENĂK, Eugen. Two versions of a constructivist view of historical work. History and Theory, v. 54, p. 209-225, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Ana Zavala

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.
