Educação e a crise estrutural do capital: o caso dos Estados Unidos
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2013v31n1p85Resumo
O presente artigo argumenta que a decadência do ensino público é, nos Estados Unidos, principalmente, um produto de contradições impostas externamente que são inerentes à educação na sociedade capitalista, agravadas em nossos tempos pelas condições de estagnação econômicas, em especial nas economias desenvolvidas, e pelos efeitos do próprio movimento de reforma conservador. Para tal fim, apresenta os pressupostos da política educacional e os desdobramentos e consequências para a educação pública – a partir de uma perspectiva histórica – no contexto da crise estrutural do capital nos Estados Unidos. Explicita-se a crise estrutural associada a uma nova fase do capitalismo: o capital monopolista-financeiro, caracterizada por: (1) estagnação econômica nas economias capitalistas desenvolvidas; (2) uma mudança dramática em direção à financeirização, as bolhas especulativas como meio de expansão econômica; e (3) a rápida concentração (e monopolização) de capital em uma escala global, mostrando, como uma consequência do lento crescimento endêmico para as economias desenvolvidas, que as grandes corporações que dominam a economia mundial atual são obrigadas a procurar novos mercados para investimento, fora de suas áreas tradicionais de atuação, levando à aquisição e privatização de elementos-chave da administração do Estado. A contrapartida política do capital monopolista-financeiro é, portanto, a reestruturação neoliberal, em que o Estado é cada vez mais ocupado por interesses privados. Apresentando diversos autores da área da economia e com base em Marx – o texto vai informando a relação de degradação e desvalorização da educação pública. Finaliza suas análises indicando a necessidade de uma longa revolução, para criar, entre outras coisas, uma nova educação ligada à comunidade, e desenvolvida a partir das necessidades reais das pessoas.Downloads
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