Mídia, corpo e mercado: (im)possibilidades formativas diante do poder simbólico
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2019.e52240Resumo
Neste estudo, focamos o discurso midiático e suas estratégias, diante de um mercado cada vez mais intenso, acerca dos arquétipos corporais que têm ganhado destaque na modernidade. O ensaio esboça uma reflexão crítica sobre a influência da mídia no tocante ao culto ao corpo, seja pela imagem, seja pelo discurso, explícito e implícito, daquilo que tem se caracterizado como ‘corpo perfeito’ na atualidade, que podemos inferir como a forma do poder simbólico atuar nas subjetividades e gerar uma demanda dos sujeitos aos produtos personalizados, exclusivos e específicos, ofertados como ‘milagrosos’ pelo mercado da mídia. Numa sociedade cada vez mais formatada pelos discursos midiáticos, entendemos que a possibilidade de enfrentamento se encontra, em parte, na formação humana que se realiza com a mediação escolar (seu conjunto de conhecimentos). Quando consideramos o campo da formação de professores, entendemos ser cada vez mais necessária uma abordagem que permita a leitura crítica desses mecanismos, evidenciando a relevância da mídia-educação para uma sociedade em busca do esclarecimento, que precisa se confrontar com certa dominação discursiva e mercadológica da mídia. Nosso objetivo foi analisar, com a discussão sobre a Indústria Cultural e o poder simbólico, alguns mecanismos que fazem essas representações sobre o corpo na contemporaneidade serem demarcadas de maneira intensa por fins mercadológicos; além disso, apresentamos algumas exemplificações de pesquisas já realizadas, nas quais identificamos possíveis estratégias formativas e metodológicas em que o princípio para a autonomia e para o esclarecimento possa ocorrer, implicando possibilidades de mediação escolar, principalmente àqueles que se ocupam da formação humana.Downloads
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