Movimentos sociais e educação popular. Lutas nas empresas, em Portugal, após o 25 de abril
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795x.2008v26n1p19Resumo
Tendo como referência empírica o movimento grevista operário que, no primeiro semestre de 1974, ocorreu na cintura industrial de Lisboa, antes e imediatamente após o derrube da ditadura fascista, em 25 de Abril de 1974, procurar-se-á co-locar em evidência o potencial educativo desse movimento social, marcado pela autonomia. Pretende-se discutir qual a relação entre aprendizagens colectivas, realizadas no âmbito de processos instituintes de mudança social e o papel e anatureza do Estado nesses processos. Pretende-se num quadro teórico mais amplo, problematizar e discutir o conceito de educação emancipatória. Entende-se que a clarificação deste conceito, essencial para superar o actual desarmamento crítico face à lógica do capital, supõe a análise e desconstrução de uma visão da conflitualidade social no século XX reduzida à dicotomia entre dois campos: o do capitalismo e o do capitalismo de estado. Parte-se do pressuposto de que toda a acção e relação social é atravessada e impregnada por uma dimensão educativa, ela própria expressão política de relações de poder.
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