Emancipação (“Müendigkeit”) e formação: bases críticas para a educação autorreflexiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-795X.2019.e61992

Resumo

A concepção de emancipação em Theodor W. Adorno é tomada como princípio formativo pelo qual uma cultura autêntica se realiza. Ela é encarada como um projeto que uma sociedade livre e democrática necessita perseguir e possibilitar aos seus membros, dando as condições para a conquista de uma identidade própria, por meio de uma formação cultural permanente, envolvimento todas as instituições formativas. A consciência sobre os elementos determinantes da pseudoformação que encaminham a educação é tarefa de uma formação crítica e autorreflexiva, a qual vislumbra como fim último a reconquista da dignidade humana perdida nas práticas sociais fundadas na manutenção do capital.

Biografia do Autor

José Mateus Bido, Instituto Federal do Paraná - IFPR

Doutor em educação pelo Programa de Doutorado da Universidade Estadual de Maringá. Mestre em Filosofia pela UNIOESTE, Campus Toledo-PR.

Maria Terezinha Bellanda Galuch, Universidade Estadual de Maringá - UEM

Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (1996), Doutorado em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2004). 

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Publicado

2019-12-19

Como Citar

Bido, J. M., & Bellanda Galuch, M. T. (2019). Emancipação (“Müendigkeit”) e formação: bases críticas para a educação autorreflexiva. Perspectiva, 37(4), 1001–1017. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2019.e61992